quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Últimas Ceias

O artista britânico James Reynolds, de 23 anos, recriou e fotografou pedidos de última refeição feitos por prisioneiros no corredor da morte nos Estados Unidos, criando a série Últimas Ceias. Ele espera reunir pelo menos 50 fotos para produzir um livro sobre o trabalho.

Cada refeição pode custar até U$40, mas alguns presos fazem escolhas bem baratas. O pedido mais comum é por refeições de redes de fast food, como a do KFC da primeira foto. Já Louis Jones Jr., executado por sequestro, estupro e assassinato em Indiana, em 2003, pediu apenas frutas.

Nem sempre o pedido é por comida. Cigarro pode, mas analgésicos não. [Não se contentam em matar os presos, querem que eles sofram.] "Certa vez um prisioneiro quis um revólver, mas obviamente não conseguiu", diz Reynolds.

Um homem condenado por estupro e assassinato no Texas resolveu que queria coca-cola, chiclete e cebola. Lewis Gilbert executado por assassinato em Oklahoma, em 2003, pediu duas caixas de sorvete de baunilha e várias casquinhas antes de morrer. James Hudson, também condenado por assassinato, optou por uma bolacha e seis garrafas de Coca-cola, na Virgínia, em 2004.

"Fiquei fascinado em saber por que cada um escolheu determinada refeição. Acredito que os pedidos são um retrato do prisioneiro, algo que revela um pouco da personalidade dele", disse Reynolds à BBC Brasil.

Ele encontrou explicação para apenas uma refeição: o prisioneiro Victor Feguer, condenado à morte por assassinato em Iowa, em 1963, que pediu para comer uma azeitona antes de ser executado. "Ele disse que gostaria que a azeitona germinasse e se tornasse uma oliveira dentro dele."


Se fosse eu (ou o McGyver), pediria coca-light e mentos, faria uma bomba e escaparia dali.

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