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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eu tive um sonho!

E nesse sonho tinha várias mulheres peladas! De todas as cores, de várias idades, de muitos amores. Do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada carente, solteira feliz, donzela e até meretriz... Mulheres cabeça, e desequilibradas, mulheres confusas, mas nenhuma de guerra, só de paz.

Eu via suas fotografias nas minhas mãos ou estampando jornais e revistas. Seus videos estavam nos noticiários e na internet. Os blogs replicavam tudo relacionado a essas loucas mulheres que se exibiam a todo momento. Seus seios estavam no parapeito do prédio em frente ao meu. Elas dominaram a mídia por um bom (ótimo) tempo. Umas eram mais discretas, sensuais, eróticas. Outras eram mais explícitas, pornográficas, safadas. Mas todas estavam ali se expondo, de corpo nú. E nenhuma era de guerra, só de paz.


A certa altura do sonho, eu entendi (não me perguntem como) a razão de toda aquela exibição generalizada, de toda essa linda epidemia de exibicionismo, e devo dizer que não consigo pensar em razão mais poética para fazê-lo. Tratava-se de um protesto coletivo contra a onda de violência que se instaurou em terras cariocas. Aquelas mulheres do Rio de Janeiro, do Brasil e talvez até de toda a Terra estavam ali expondo seus corpos sem nenhuma cobertura como uma declaração da fragilidade do ser humano.

Elas gritavam "OLHA PRA MIM! EU NÃO PASSO DE UM CORPO FRÁGIL E DELICADO! VOCÊ TAMBÉM! VALORIZE ESSE CORPO! CHEGA DE VIOLÊNCIA!".

Eu ouvi esse grito. Ele ecoou tão forte na minha mente (ou alma) que acordei decidido. Deixei um recado no MSN e saí de casa vestindo apenas um short e portando minha câmera. Na esquina, fiquei pelado e comecei o documentário. Não deu 10 minutos e fui preso. Não deu 20, jogaram uma bomba no carro que me levava.




Você também não passa de um corpo frágil e delicado.

Valorize esse corpo.

Chega de violência.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!

Foi isso que gritamos na social que rolou sábado aqui em casa. Nos reunimos originalmente pra planejar a próxima dionisíaca e como bom evento dedicado ao deus do vinho, mesmo sendo uma reunião de negócios, usamos o álcool como combustível pra fazer as idéias fluirem. A Grande Dionisíaca promete e eu aviso por aqui assim que entrarmos em fase de divulgação.

Voltando à social... O objetivo principal mesmo era tratarmos de negócios, então éramos bem poucos. Em certo momento, acho que por causa das coisas que estávamos conversando (e por causa da bebida, é claro), me deu uma vontade muito grande de gritar. Botar pra fora esse sentimento que se debatia dentro de mim. Pedi licença e convidei:

- Alguém quer gritar comigo?

Imediatamente todos toparam. Sem nenhuma hesitação. Fomos até a janela e me perguntaram o que gritaríamos. Disse que gritaria "não", é claro. Um "não" contra tudo aquilo que eu discordava: a repressão, a caretisse, a ordem, as prisões da alma.

Discordaram de mim. Disseram que tínhamos que gritar "sim". Um "sim" à liberdade, um "sim" à vida, um "sim" a nós mesmos, um "sim" a Dionísio. Fui obrigado a concordar.

Demos então dois gritos. E mais um terceiro pro azar dos vizinhos. Acho até que o terceiro foi "desculpaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa", mas não com o arrependimento católico. Foi mais uma sátira e uma desculpa pra continuar gritando, eu acho. É muito bom. Foi muito bom. Quase uma terapia.

A social ainda teve direito a sarau improvisado. Eu, é claro, declamei os únicos poemas que sei de cor: Bacanal, de Manoel Bandeira, e O Cortejo, de Will Vaz.

Super recomendo. Dê um grande não à morte da alma e um grande sim à vida dionisíaca.

Evoé!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Testemunho de Fé - O Reino Místico

Conto baseado em uma experiência real.

Saímos da aula de teatro e fomos pra uma festa ali perto. Após incontáveis minutos esperando uma caipirinha que só existia no plano das idéias, resolvemos conhecer a festa de fato. Não me agradou a princípio: muitas pessoas, pouca iluminação, filas demasiado grandes. Com o intuito de encontrar uma amiga que chegara mais cedo ao evento, começamos a circular.

"Ela está na Casa da Bruxa", alguém disse logo antes de sumir em meio à multidão. Com a mente sendo preenchida por imagens de como poderia ser o lugar, seguimos as instruções que nos guiariam ao nosso destino. Uma fumaça entorpecente marcava o início do trajeto, como se fossem cortinas que guardavam o desconhecido e ao mesmo tempo nos preparariam para conhecê-lo de mente aberta. Nos afastamos da multidão até que a música e o burburinho não passassem de um leve sussurro na noite. Entramos por um beco na companhia das sombras e atravessamos um portão velho de madeira.

Do outro lado, um reino místico cujos habitantes pareciam não se importar com a nossa presença, como se tivéssmos nos tornado nativos. Ou como se apenas retornássemos ao lugar do qual nunca deveríamos ter saído. Subimos uma escada iluminada por poucas velas. Em meio a passos vacilantes, avistamos a casa abandonada, sem portas ou janelas, como se nos esperasse. O silêncio só era quebrado pelo ritmo acelerado que vinha de nossos corações.

Contornando a casa, uma floresta habitada por seres mitológicos. Ninfas e sátiros repousavam à luz da chama que dançava no centro da clareira. Ao nosso lado estava a mesa do banquete, que tinha no centro uma ânfora com o divino suco de Baco. Sentamos enquanto ouvíamos os cantos teimarem em se misturar aos sons da natureza.

Um aroma suave preenchia o lugar quando um dos sátiros pôs-se a tocar sua flauta. Inebriado pelo espírito dionisíaco, brindei em homenagem a Baco, Momo e Vênus. Exaltei apaixonadamente os encantos do cortejo dionisíaco e, satisfeito, recolhi-me. A ovação ganhou ritmo e embalou a música que veio a seguir.

Na saída, vimos ainda algumas bacantes caídas ao chão, bêbadas e feridas. Vítimas de uma guerra que não tinha vencedores ou vencidos. Apenas atores.

Porque deixamos um lugar tão especial? Tivemos que partir ou aquele reino místico correria o risco de se tornar real.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ressaca

Texto de Luis Fernando Veríssimo

do livro “O Suicida e o Computador”, L&PM Editores, Porto Alegre



Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem. As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo.

Cada porre era um desafio ao céu e às suas feras. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais – golfadas. Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconseqüentes, literalmente. Não é que eu fosse um bêbado, mas me lembro de todos os sábados de minha adolescência como uma luta desigual entre a cuba-libre e o meu instinto de autopreservação. A cuba-libre ganhava sempre. Já dos domingos me lembro de muito pouco, salvo a tontura e o desejo de morte.

Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, “nunca mais” dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade. Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem.

Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer e duas aspirinas antes de dormir. Mas no estado em que chegava nem sempre conseguia completar a operação. Às vezes dissolvia as aspirinas num copo de água, engolia o Alka-Seltzer e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama. Mas os métodos variavam.

Por exemplo
Um cálice de azeite antes de começar a beber – O estomago se revoltava, você ficava doente e desistia de beber. Tomar um copo de água entre cada copo de bebida – O difícil era manter a regularidade. A certa altura, você começava a misturar a água com a bebida, e em proporções cada vez menores. Depois, passava a pedir um copo de outra bebida entre cada copo de bebida.

Suco de tomate, limão, molho inglês, sal e pimenta – Para ser tomado no dia seguinte, de jejum. Adicionando vodca ficava um bloody-mary, mas isto era para mais tarde um pouco.

Sumo de uma batata, sementes de girassol e folhas de gelatina verde dissolvidas em querosene – Misturava-se tudo num prato pirex forrado com velhos cartões do sabonete Eucalol. Embebia-se um algodão na testa e deitava-se com os pés da ilha de Páscoa. Ficava-se imóvel durante três dias, no fim dos quais o tempo já teria curado a ressaca de qualquer maneira.

Uma cerveja bem gelada na hora de acordar – Por alguma razão o método mais popular.

Canja – Acreditava-se que uma boa canja de galinha de madrugada resolveria qualquer problema. Era preciso especificar que a canja era para tomar. No entanto, muitos mergulhavam o rosto no prato e tinham de ser socorridos às pressas antes do afogamento.

Minha experiência maior era com a cuba-libre, mas conheço outros tipos de ressaca, pelo menos de ouvir falar. Você sabia que o uísque escocês que tomara na noite anterior era paraguaio quando acordava se sentindo como uma harpa guarani. Quando a bebedeira com uísque falsificado era muito grande, você acordava se sentindo como uma harpa guarani e no depósito de instrumentos da boate Catito’s em Assunção.

A pior ressaca era de gim. Na manhã seguinte, você não conseguia abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Abria um e quando abria o outro, o primeiro se fechava. Ficava com o ouvido tão aguçado que ouvia até os sinos da catedral de São Pedro, em Roma.

Ressaca de martini doce: você ia se levantar da cama e escorria para o chão como óleo. Pior é que você chamava a sua mãe, ela entrava correndo no quarto, escorregava em você e deslocava a bacia.

Ressaca de vinho. Pior era a sede. Você se arrastava até a cozinha, tentava alcançar a garrafa de água e puxava todo o conteúdo da geladeira em cima de você. Era descoberto na manhã seguinte imobilizado por hortigranjeiros e laticínios e mastigando um chuchu para alcançar a umidade. Era deserdado na hora.

Ressaca de cachaça. Você acordava sem saber como, de pé num canto do quarto. Levava meia hora para chegar até a cama porque se esquecera como se caminhava: era pé ante pé ou mão ante mão? Quando conseguia se deitar, tinha a sensação que deixara as duas orelhas e uma clavícula no canto. Olhava para cima e via que aquela mancha com uma forma vagamente humana no teto finalmente se definira. Era o Peter Pan e estava piscando para você.

Ressaca de licor de ovos. Um dos poucos casos em que a lei brasileira permite a eutanásia.

Ressaca de conhaque. Você acordava lúcido. Tinha, de repente, resposta para todos os enigmas do universo. A chave de tudo estava no seu cérebro. Devia ser por isso que aqueles homenzinhos estavam tentando arrombar a sua caixa craniana. Você sabia que era alucinação, mas por via das dúvidas, quando ouvia falar em dinamite, saltava da cama ligeiro.

Hoje não existe mais isto. As pessoas bebem, bebem e não acontece nada. No dia seguinte estão saudáveis, bem-dispostas e fazem até piadas a respeito.

De vez em quando alguns dos nossos se encontram e se saúdam em silêncio. Somos como veteranos de velhas guerras lembrando os companheiros caídos e o nosso heroísmo anônimo.
Estivemos no inferno e voltamos, inteiros.

Um brinde.
E um Engov.

[Oráculo: Blog do Rossi]

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sinceridade

Uma pequena homenagem a uma grande amiga. Espero que isso ajude ela e o travesseiro a aproveitarem o mês da masturbação.


A festa tinha sido boa, mas nada especial. Fiquei com um carinha, bonito até, mas não passou disso. Achei estranho ele não ter tentado nada. Não sou gostosona, mas costumo receber elogios. Tenho pele branca e cabelos castanhos como meus olhos. Sou baixinha e meu peso é proporcional. Sempre dizem que pareço mais nova. Minhas coxas e minha bunda são normais, mas o que chama a atenção mesmo são meus seios. São grandes, mas acho que parecem maiores por causa da minha altura. Naquele dia eu estava com uma blusa decotada que os valorizava ainda mais. Fui pro aniversário da Rê me sentindo linda e voltei me sentindo um lixo, tudo por causa de uma ficada meia-boca.

Era pouco mais de quatro horas da manhã quando eu entrei no ônibus. Gastei mais do que planejava na festa e não dava pra pegar um táxi. Havia apenas mais uma pessoa no ônibus (um homem dormindo, provavelmente bêbado). Sentei em um dos últimos bancos e fiquei remoendo o que deu errado com o garoto. Estava tão distraída com meus pensamentos que nem reparei quando entrou mais um passageiro, só vi que ele sentou em um banco próximo ao meu, um pouco atrás. Fiquei com medo, mas tentei manter a calma.

Algum tempo depois, notei que ele levantou e sentou ao meu lado. Gelei. Segurei minha bolsa com força, mas o que ele falou me pegou desprevenida. 
- Desculpa... Com todo respeito, eu quero te comer.
- Como é?!
- Desculpa ser tão direto, mas é que eu fiquei ali te olhando e não consegui resistir. Te achei tão linda e... Fiquei com medo de você descer do ônibus antes que eu tivesse a oportunidade de me aproximar de um jeito mais sutil.

Fiquei sem reação. É claro que eu não acho normal um desconhecido fazer uma proposta dessas, mas eu estava precisando muito de um elogio. Aquele homem dizendo que me desejava não poderia ter surgido em melhor hora. Enquanto eu processava tudo isso, ele colocou a mão em meu joelho. Segurei sua mão com a intenção de tirá-la, mas hesitei.
- A verdade é que eu te desejo. Vou entender se você não quiser, mas eu faria qualquer coisa pra ter ao menos uma noite com você.
- Você tá brincando, né?
- Claro que não. Também não tô bêbado nem nada assim. Eu só não consegui parar de te olhar desde que entrei no ônibus.

Ele realmente parecia sóbrio. Estava arrumado, provavelmente também voltava de alguma festa. Tinha altura normal, com cabelo e olhos pretos e barba por fazer. Corpo bonito, moreno, bronzeado. Devia ser pouco mais velho que eu. Me perguntava o que o levou a agir daquela forma. Enquanto eu pensava nisso, ele subiu sua mão pela minha perna, trazendo o tecido da saia junto. Fiquei arrepiada na mesma hora. Não sei como, juntei forças e impedi seu avanço.
- Não!
- Você sabe que quer.
- Você não sabe o que eu quero.

Ele se aproximou devagar do meu pescoço. Eu poderia ter impedido, mas acho que queria ver o que ele ia fazer. Ele cheirou meu pescoço lentamente, como se degustasse o meu perfume. Eu fechei os olhos automaticamente. Quando abri, ele me olhava com um leve sorriso nos lábios. Se aproximou novamente e disse em meu ouvido:
- Sei sim.

Ele beijou meu pescoço e me deixou arrepiada de novo. Não consegui mais resistir quando ele tentou de novo tocar minha calcinha. Só aí eu percebi que estava molhada. Fiquei com um pouco de vergonha e lembrei que não estávamos sozinhos. O outro passageiro continuava dormindo e o cobrador estava conversando com o motorista. Parei de me preocupar e resolvi curtir aquela mão me acariciando por cima da calcinha enquanto a minha deslizou pelo seu braço e passou para sua perna.

Ele botou minha calcinha de lado e escorregou seu dedo pra dentro de mim. Apertei sua perna e soltei um leve gemido. Ele se empolgou ainda mais. Conduzida por ele, repousei a mão em cima do seu pênis. Estava duro, fazendo um belo volume na calça jeans. Não resisti e abri o ziper pra poder tocá-lo. Era quente e macio. Ele já estava com dois dedos dentro de mim quando coloquei seu membro pra fora da calça. Lindo! Eu arriscaria uns 17cm. Fiquei uns instantes admirando e depois comecei a masturbá-lo.

Sem que eu esperasse, ele tirou seus dedos de dentro de mim. Vendo minha cara de surpresa, ele calmamente lambeu os dois de uma vez. "A gente desce aqui", falou. Desci com ele sem fazer perguntas. Caminhamos um pouco e chegamos a uma ruazinha pouco iluminada com quase nenhum prédio, praticamente só casas, e muitos carros estacionados. Quando passamos entre uma kombi e uma árvore e ele me segurou com firmeza e me beijou. Ainda não tínhamos nos beijado e me arrependi de não ter feito isso antes. Aquele homem beijava muito bem. Pude sentir seu membro indicando o quanto ele estava excitado.

Já não podíamos mais segurar o tesão. Os beijos passaram pelo meu pescoço e pararam nos seios, que já estavam pra fora da blusa. Enquanto uma de suas mãos ajudava nessa tarefa, a outra segurava a minha bunda por baixo da saia. As minhas estavam ocupadas em abrir sua calça e segurar aquele pau duro. "Camisinha?", perguntei. Ele já estava com ela na mão e tratou de colocá-la.

Ele botou minha calcinha pro lado e me penetrou de uma vez. De pé, encostada na árvore. Com a perna erguida eu o envolvia e puxava mais pra perto. Queria cada centímetro daquele homem dentro de mim. Nossos gemidos eram abafados pelos beijos. Coloquei minhas mãos por dentro de sua camisa e arranhava suas costas suadas. Ele me pegou no colo e continuou a me comer ali mesmo. Minhas costas doíam, mas eu não queria parar. Segurava sua cabeça contra meus seios, e ele chupava com vontade. Tentava não gemer para não chamar atenção, mas estava gostoso demais e alguns escapavam. Parecia que a cada estocada ele ia mais fundo.

Mudamos de posição e fiquei com as mãos apoiadas na árvore e a bunda bem empinada. Ele arrancou minha calcinha e beijou minha bunda. Deve ter ficado admirando a visão, pois não penetrou logo. Aqueles segundos de espera pareceram uma eternidade. Dei uma reboladinha e ele veio, certeiro. Lento, mas certeiro. Cada centímetro daquele pau quente que entrava em mim me fazia perder ainda mais o controle. Ele retirou quase tudo, outra vez sem pressa. Era a melhor tortura da minha vida! Quando ele foi enfiar de novo, joguei minha bunda pra traz, fazendo entrar tudo de uma vez. Daí pra frente o rítmo das estocadas só aumentou. Ele me comia com força segurando firme em meus quadris e eu gemia sem o menor pudor.

Minhas pernas tremeram. Gozei. Um dos melhores orgasmos da minha vida! Mas ele ainda não tinha terminado e continuou me penetrando com força. Ele fincou suas unhas na minha pele e aumentou o ritmo. Eu já não agüentava mais. Gozei de novo e foi ainda mais forte! Caí no chão, sem fôlego, exausta. Só quando me recuperei é que vi que ele tinha gozado junto comigo. Sorrimos, claramente satisfeitos.

Ele me ajudou a levantar e me beijou. Já estava amanhecendo quando pegamos um taxi e ele me deixou na porta de casa. Demos um longo beijo de despedida e o carro só partiu depois que eu entrei no prédio. Ele me deu seu telefone. Eu nunca liguei...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Casualidade Selvagem

Geninha, a Mega Gostosa, resolveu partilhar conosco sua mais recente aventura sexual. Se quiser fazer o mesmo, envie seu relato para sociedadedionisiaca@gmail.com.

Cheguei à festa meio tarde, achei que nem ia rolar nada demais naquela hora.
Dei uma olhada geral, não achei nada que prestasse. Subi.
Ao chegar ao segundo andar, meus olhos se encontraram com os dele. Sabe aquele encontro de olhares totalmente aleatório, mas que te hipnotiza? Foi isso. Nesse momento eu já senti algo. Interesse? Atração?
Puxei um assunto besta qualquer, ele pouco se interessou.
Desisti. 'Procuro outro' - pensei.
Dali a pouco subi de novo, e de novo olhei quando ele estava olhando. Afinal, ele estava mesmo olhando pra mim.
Eu já não queria disfarçar, então encarei; quem sabe ele leria meus pensamentos.
E leu.
Agarrou meus quadris com força e eu quase derrubei a bebida.
Já havia ali uma ereção, dava pra sentir só de encostar meu corpo.
E se eu tivesse pau, também estaria duro. Mas como eu sou menina, apenas fiquei molhada no mesmo segundo.
Acho isso chato. Quando o homem se excita eu posso sentir na mesma hora, mas quando eu me excito ele não tem como saber.
Quer dizer, não nesse caso.
Logo ele já estava com a mão por dentro da minha roupa.
Interesse? Atração? Tesão? Tudo isso já era incontrolável.
Pensei em levá-lo ao banheiro, mas hesitei.
Ele leu meus pensamentos mais uma vez.
A gente estava quase explodindo de tesão, eu já queria tanto dele que uma foda rápida de banheiro não seria suficiente.
Em algum momento, entre as respirações ofegantes, lembramos de perguntar o nome um do outro.
Não lembro mais o nome dele, mas sei onde ele mora porque acordei lá hoje.
Foi bem mais do que uma foda muito bem dada.
Foi ele querendo tirar um pedaço de mim quando me chupava ou apertava meus seios.
Foi eu querendo engolir o pau com tanta vontade que quase o machuco.
Ou machuquei, sei lá.
Ele me machucou também.
A gente se apertava tanto, se mordia, se arranhava, se beijava beijos tão profundos, que não tinha como não machucar.
Ele gozou, eu gozei. E começamos tudo de novo.
De quatro, de lado, por cima. De todas as formas em que ele pudesse meter o mais fundo possível.
Gozamos de novo. E de novo.
Dormimos, acordamos. Transamos mais uma vez.
Acordei, me vesti.
E vim pra casa.

domingo, 18 de abril de 2010

Testemunho de Fé #1

Se você tiver alguma história que queira publicar aqui, envie para sociedadedionisiaca@gmail.com.

Não tem muito tempo que isso aconteceu comigo. Um mês, no máximo. Discuti por MSN com uma amiga, mas isso era normal entre a gente. Quase um hobby. Mas, desta vez, no calor da discussão, ela entrou em um terreno proibido. Algo extremamente sério e que me atingiu em cheio. Meu ponto fraco e ela sabia. Foi realmente baixo.

O que isso tem a ver com Dionísio?

Sempre fui muito aberto (ui!) e não acho que seja um problema. Costumo dizer que minha vida é um scrapbook aberto. Ou que minha vida é um litro aberto. Essa história, no entanto, me fez começar a pensar que até pra mim existe um limite. Não que eu pensasse que sou fodão e talz, mas encontro poucas coisas que realmente me pareçam barreiras intransponíveis.

Pareceu que essa minha "amiga" ultrapassou os limites na brincadeira. Limites estes afixados pelos meus sentimentos. Me parece meio óbvio que ela nunca deveria ter cogitado isso, assim como eu procuro me limitar àquilo que não fere realmente os sentimentos dos outros. Ela perdeu a linha e eu é que paguei o pato. Pensei até em reavaliar minha dedicação a Dionísio.

Mas chega de papo emo e vamos ao que interessa. Aproximadamente 24h depois da noite em que mal dormi por causa desse desentendimento, estava vendo TV quando recebo uma ligação que me pegou de surpresa. Eram TRÊS DA MANHÃ quando recebi a ligação de uma menininha linda com quem eu já ficara. Estava "presa" perto da minha casa sem transporte para voltar para sua longínqua residência. Prontamente ofereci um leito para ela pernoitar. Aí veio o balde de água fria. "Tá, eu e o Bruno chegamos aí daqui a pouco."

Fiquei puto por ter sido feito de tolo e oferecer minha casa de motel pra garota com quem eu já tinha ficado, mas também não iria deixá-la na rua por causa disso. Éramos amigos afinal de contas.

Eles chegaram às 3:30 e ficamos conversando. Ela disse que queria conversar comigo e achei que era algo sobre brigas com amigos nossos. O tal do Bruno foi dormir no quarto que eu separei pra eles e ela ficou conversando comigo. Ela fez questão de dizer que não estavam ficando. Pouco tempo depois estávamos nos beijando e ela acabou resolvendo dormir no meu quarto. ^_^

Algum tempo depois, o garoto veio ao quarto buscar água do frigobar. Percebendo que isso não passava de uma desculpa pra ver se estávamos transando, me ofereci pra conversar com ele. Deixei a garota dormindo e passei as horas seguintes dando atenção pro cara, que até tremia de tão enciumado.

"Que otário, perdeu a transa por causa de um cara que nem conhece", vocês pensam. Talvez. Mas acho que não perdi, só adiei. E vejo a situação por duas óticas diferentes. Primeiro, Dionísio estava me dando às 4h da manhã uma garota gostosinha como consolação por terem abusado da liberdade que eu dei. Depois, ele me ofereceu a oportunidade de estar no lugar daquele que é "usado" pra prejudicar outro. Já estive na posição de quem é sacaneado e, infelizmente, já estive na posição de quem sacaneia. Na primeira, me arrependi de ter dado oportunidade (e aprendi a lição). Na segunda, me arrependi de ter vacilado com uma pessoa legal (e aprendi a lição). Agora eu estava em uma posição externa à relação dos 2 e pude finalmente fazer o que eu achava certo: aproveitar minha liberdade até que ela esbarrasse nos sentimentos de outra pessoa.

Vou me arrepender um pouco se nunca mais conseguir nada com essa garota, mas espero conseguir. Será que deveria ter feito diferente?

domingo, 7 de março de 2010

A Lenda de Dionísio

Falamos muito aqui sobre diversas coisas, como bebidas, sexo, arte, sociedade, tabus, mitologia grega... Só acho que acabamos esquecendo o básico e o mais importante para nosso blog: falar sobre Dionísio. No futuro pretendo contar algumas coisas mais detalhadamente, mas não é correto obrigá-los a consultar o google. Hoje vou contar brevemente sua lenda. Deixo para interpretá-la outro dia de modo que o texto não fique tão grande. Sigamos então às devidas apresentações.

A lenda de seu nascimento começa com Zagreu, filho de Zeus com Perséfone. Hera ficou com ciúme e mandou titãs, com os rostos cobertos de pó para não se fazerem reconhecer, matarem a criança. Eles devoraram o bebê e seu pai só recuperou o coração do pequeno deus. A seguir, o rei dos deuses engoliu o órgão e logo depois fecundou a princesa tebana Sêmele.

Hera novamente interferiu. Disfarçando-se da ama da princesa, colocou a dúvida em seu coração e a convenceu a exigir que o pai dos deuses se mostrasse a ela em todo o seu esplendor. Ele realizou o pedido e o palácio e o corpo de Sêmele entraram em combustão na presença dos raios divinos. Zeus não pôde salvar a mortal, mas retirou o filho de seu ventre e o pôs para terminar a gestação em sua coxa.

Quando Dionísio nasceu, Hermes levou-o para ser criado pela família de sua tia. Hera soube e enlouqueceu a todos no palácio para que o bebê acabasse sendo morto. Hermes novamente o resgatou e levou para junto das ninfas no monte Nisa. O pequeno deus teve como tutor o velho sátiro Sileno, beberrão de marca maior, mas também um grande sábio.

Enlouqueceu, foi curado, criou o vinho, espalhou a cultura da vinha pela Ásia, derrubou reis, casou-se com a mortal Ariadne e mais uma série de feitos dignos do panteão grego. Tudo isso fez uma legião de seguidores se formar atrás deles e garantiu-lhe o devido lugar no Monte Olimpo.

Antes que venham dizer que estou errado, que isso, que aquilo, aviso que sei das outras lendas que falam sobre o deus e que são bem diferentes do que narrei. Ou então que vocês vão encontrar uma ordem diferente se pesquisarem na internet. O fato é que são lendas muito antigas que acabaram se perdendo e se misturando no tempo. Fica difícil ter uma história oficial como acontece com os mitos da bíblia. Escolhi as versões e a ordem que me pareceram mais harmônicas entre si. E é a história do deus não é tão importante quanto aquilo que ele representa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

uma expressão de busca pela liberdade

as ocupações do Rio de Janeiro não são apenas a moradia de pessoas sem-teto, mas também o palco de uma rica cultura underground.

a maior parte de pessoas que frequentam esses espaços se dizem libertárias, e muitas consideram-se anarcocomunistas.

tive a oportunidade de visitar algumas ocupações e a primeira vez, particularmente, foi maravilhosa!

cheguei sozinho, convidado por uma amiga, para o evento, que consistia basicamente de rodas de discussão de assuntos diversos (política, filosofia, vegetarianismo, não me lembro ao certo) e shows de bandas anarcopunk. devo dizer que as rodinhas punks literais, compostas indistintamente de mendigos e de jovens do Leblon, são fantásticas! sob o extremamente envolvente som punk, vi uma bandeira do Brasil ser queimada, algumas meninas girando suas blusas no ar enquanto os seios desnudos saltavam ao ritmo da música e muita, muita alegria em todos que ali estavam. conversei com alguns dos idealizadores/participantes de muitos protestos, de visitas à favelas com trajes de palhaços com o objetivo de conscientizar e de outras ações sociais. vi pela primeira vez uma churrasqueira vegan, mas não encarei o dente de alho no espeto.

na segunda vez, fui com dois amigos. tivemos uma surpresa desagradável na entrada: um deles foi barrado, apesar de ser cabeludo, por trajar um suspensório (acessório skinhead clássico). a explicação, no entanto, foi justa: eles compreendiam que ele não era um skinhead, mas algum punk fanático podia não ver da mesma forma. ele amarrou, então, o suspensório na cintura e pôde entrar. uma vez lá dentro, presenciamos uma excelente performance de mais de uma hora de duração um bebê de cerca de um ano, que berrava ideologias punks incompreensíveis à minha inteligência ao som de uma bateria extremamente agressiva. vimos mais tarde, ainda, alguns ótimos hits anarquistas, como "a bunda é minha e eu dou pra quem eu quiser!", entre outras expressões do pensamento libertário (ou libertino) que, infelizmente, não me recordo (não terei mais esse problema no futuro, pois acabo de criar um "diário" onde anoto todos os dias tudo o que vi/ouvi/senti/pensei de interessante).

um outro dia, fui ver um recital de poesia, e acabei contribuindo com uma criação minha. esse dia acabei fazendo merda. subimos uma garota e eu o prédio "abandonado", e acabamos transando na escada. tava tudo muito escuro, e não me toquei que tinham pessoas vivendo naqueles andares. acabamos sendo flagrados e tomando um puta esporro merecido.

as minhas impressões sobre o lugar e as pessoas foram ótimas. considero o valor dessa experiência cultural inestimável, e acho que todos deveriam conhecer.

só fui negativamente surpreendido por uma coisa. uma vez, em uma roda com vários punks, lancei a idéia que eu e uns amigos tínhamos de fazer uma festa naturista (que acabou rolando na minha casa tempos depois). a reação: todos (ou quase todos) acharam interessante, mas só topariam tirar a roupa se estivessem bêbados.

pretendo visitar alguma das ocupações em breve. alguém teria interesse em ir?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Crônicas do Carnaval

Sexta, sábado, domingo, segunda, terça e quarta. Quase uma semana na teoria, quase um mês na prática. Os foliões saem às ruas sem anúncio prévio, como formigas se esgueirando pelos cantos enquanto todos ainda se concentram eu seus serviços. Quando menos se espera, todo o formigueiro já está em cima do bolo e não há saída ao mundo a não ser aceitar e até se juntar ao piquenique que acontece nestes seis dias.

É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que o excêntrico em meio a excentricidades se torna natural, e o delicioso caos urbano que se forma passa despercebido aos olhos embriagados da maioria. É um crossover que deixaria com inveja grandes roteiristas de quadrinhos e surpreenderia os maiores apreciadores de chá de cogumelo, pois não é só com colares havaianos e perucas coloridas que se faz o carnaval.

Vi Lady Gaga comendo um sanduíche com refresco na Cobal. Um sacerdote pedófilo teve a cara de pau de ir à festa exibindo seu nariz em forma de falo e bonequinhas nuas costuradas à roupa. Sempre achei que a Chapeuzinho Vermelho fosse uma doce menina branca, mas este carnaval me provou que é um negro que faz musculação. Mais à frente, um gari, do alto de sua vassoura, rifava Frida Kahlo. Para minha surpresa, ao fim do bloco ele disse que tinha dinheiro (e a formação necessária) para começar seu próprio telejornal. Dionísio em pessoa e sua esposa Ariadne também deram o ar de sua graça. Encontrei uma garota com a pele completamente azul e tentei puxar assunto.

"Avatar?"
"Não, peguei um smurf!"


Paquitas com coreografia ensaiada de um lado, minnies bêbadas de outro. Um grupo de musculosos travestidos foi a sensação das garotas de um bloco. Só não beijaram tanto na boca quanto a boneca inflável nem ganharam tantos abraços quanto o milk-shake carente. Um bebê de 1,80m cantava "mamãe eu quero mamar" com uma mamadeira de vodka na mão. Olho pro alto e vejo um anjo de branco se embebedando. Olho pro chão e vejo um Chaves anão que vão pisoteando. Jesus Cristo também estava ali.


EXTRA! Terrorista foi preso por fazer xixi na rua! Policial deu dura em bandido e bandido deu dura na policial! Mário e Luigi são flagrados bêbados! Lara Croft, Mulher Maravilha e Elektra dão beijo triplo! Briga termina com ursinhos carinhosos indo para o zoológico! "Eu juro que vi Michael Jackson vivo" afirma Rita Lee.

E, pra fechar o carnaval com chave de ouro, ainda vi uma prostituta chupando o pau de um padre em plena madrugada de Copacabana. Só é difícil saber se algum dos dois estava fantasiado.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sophia

Este conto foi escrito pela amiga e leitora do blog Lizza Bathory. Se quiserem ler mais do que ela escreve, adentrem no Submundo.

A música alta embala corpos que dançam enebriados pelo álcool. Outros apenas ficam sentados a observar a dança descompassada, enquanto saboreiam suas taças de absinto. A jovem Sophia - visivelmente afetada pela bebida que consumira, durante aquela intensa e quente noite - sai da boate em passos tortos e cambaleantes, sem perceber que bem próximo - poucos metros atrás - dois homens seguem o mesmo caminho. Sophia, aperta-se contra o próprio casaco. A noite é fria e as ruas escuras.

(...)

Ao passar por uma rua mais escura, os dois homens se aproximam a passos largos e a empurram para um beco deserto e sem saída. Nenhuma viva alma por perto além dos três. Sophia se descuidara: o álcool lhe retirara a atenção que devia ter ao sair da boate desacompanhada.

Os dois homens são fortes e rapidamente rasgam e arrancam-lhe as vestes. Ali está Sophia nua na noite fria com dois estranhos de pele pálida e olhos sedutores. Ela pensa em gritar, mas de que adiantaria? Não há por perto quem pudesse ouví-la.

Os dois, um por trás e outro à sua frente, beijam e mordem seu corpo. Seus seios firmes em mãos que incendeiam, seus bicos em dentes que mordem com prazer intenso. Seu cabelo posto de lado e seu pescoço sendo beijado e mordido, provocando-lhe arrepios que fazem seu corpo tremer. Um dos homens desce com beijos e afagos por seu ventre até chegar a sua grutinha molhada...

Sophia não mais sabe se gritaria por socorro ou por outro motivo. Ela treme de prazer e tesão. Os homens se levantam e põem para fora seu membro ereto e viril, como num ato ensaiado e orquestrado pelo destino. Um abaixa a cabeça de Sophia até sua boca ir de encontro àquele monumento delicioso, enquanto o outro a penetra por trás num movimento constante e lento. Sophia se delicia com seu mais novo brinquedo. Sua língua brinca por todo o comprimento. As mãos hábeis sabem muito bem onde e com que intensidade pegar, e ele não esconde o prazer que lhe está sendo proporcionado. O outro brinca com suas escolhas de onde penetrar. Em movimentos seguros e lentos inicialmente; logo depois, mais intensos e deliciosos. Sophia está no êxtase de uma doce e louca travessura na noite que já não é mais fria.

O homem levanta sua face novamente e beija-lhe o pescoço, morde os seios, aperta a cintura... Parece um louco, uma criança num parque de diversões que não pode deixar um brinquedo para enfim ir ao outro. Um deles se senta, puxando Sophia para cima de si. Ela cavalga, como hábil amazona, enquanto o outro vem por trás e a penetra num movimento único, intenso e rápido que a faz gritar. Lá está Sophia numa dupla penetração deliciosa.

Mais e mais travessuras aprontam...

A noite antes fria agora arde e queima os corpos dos três. Os gemidos e pedidos ditos pelo tesão não cessam, assim como aquela saborosa brincadeira. Depois de algumas horas, os dois homens a colocam de joelhos e depositam seu delicioso gozo em sua boca e face, banhando-a com o seu prazer. Sophia extasiada fecha os olhos por alguns segundos...

Quando os abre novamente, os dois homens simplesmente sumiram.
Mas como?
Tudo fora tão real...
Será que ela estava louca?
Não sabe. Mas se loucura for, que a internem, pois dessa loucura ela deseja ainda mais.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Putinhos de rua

menos de 2 semanas após ter me convertido à religião de Dionísio, vivenciei o primeiro ato de intervenção Divina.

estava em casa anteontem quando recebi a seguinte ligação de um amigo:

- "Alô?"
- "E aí, cara, bora transar?"
- "Pô, to dispensando..."
- "Tô brincando, não sou eu, é uma amiga."
- "Como assim?"
- "Uma amiga falou no Msn que quer transar com alguém. AGORA."
(Silêncio)
- "E aí, topa ou não?"
- "Topo."

e aí você se pergunta: "como assim topa, sem nem saber como a mulher é???". talvez você pondere que "deve ser machista, se acha o comedor e não pode dispensar uma buceta": definitivamente não é o meu caso. ou, ainda, "deve ser satiromaníaco ou pansexual, transa com qualquer coisa que aparecer na frente": também não é bem por aí. prefiro apelar para a covardia dos 5 contra 1 do que fazer um sexo mediano. mas acontece é que a cena em que eu estava para atuar tinha vários elementos afrodísiacos prenunciando o bom sexo: adrenalina, falta de pudor, escassez de preconceitos e de restrições quanto ao sexo. ah, sem contar que, mesmo se eu não derramasse uma gota de porra, já iria valer a pena o encontro se eu conseguisse absorver algo dela relativo ao porquê de querer dar para qualquer conhecido de seus contatos de Msn. a melhor experiência que tive com prostitutas foi, aliás, uma conversa com uma delas em um banheira de hidromassagem.

ainda assim, a decisão só foi prontamente tomada uma vez que penso ser a aparência física pouco relevante para o sexo (todo mundo que eu conheço discordaria vivamente de mim nesse momento). fala-se de milhões de tipos de preconceitos, mas o maior e mais arrasador deles ninguém menciona, ninguém combate: o preconceito contra os "feios". ele está presente das mais variadas formas nos mais diversos campos: social, profissional, amoroso, etc. vejo na TV comerciais de grandes empresas de "grande responsabilidade social" seguindo a receita de bolo ética de mostrar negros, índios, etc., mas cadê as pessoas "feias"??? tudo isso para você não associar a imagem dos "feios" à da empresa.. e por quê você pensa que o bonito que é bom?

"Caio diz:
putinhaderua?
Putinhaderua diz:
oi
^^
Caio diz:
oi..
recebi um recado do amigodaputinhaderua.. hahaha.. é sério isso?
Putinhaderua diz:
é
você tem orkut?
mora onde?
essas coisas
Caio diz:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=ls&uid=2823533988496579332
copacabana
e você?
Putinhaderua diz:
ipanema
pode ser agora?"

(...)

"Putinhaderua diz:
e ai? ja é ou ja era?
pq tem um na fila ja pra me comer
Caio diz:
imagino
ahahah
Putinhaderua diz:
mas você é mais legal e bonito, então você ta na frente
Caio diz:
mais legal?
que cara-de-pau!!!"

enfim, após nos encontrarmos, bebermos, conversarmos, criarmos quase que instantaneamente uma intimidade (que é essencial para o bom sexo) e fazermos você-sabe-o-quê-você-não-sabe-como:

- "Não sei porque faço isso de mim, uma putinha de rua."
- "Se é assim, então eu sou um putinho de rua."
- "Mas você é homem, você pode."
- "Você realmente pensa isso?"
- "Não."
- "Acho muito mais interessante uma pessoa bem-resolvida, que sabe o que quer e corre atrás disso. Ou você preferiria ficar em casa solitária se masturbando? É melhor ser uma putinha de rua, não é?"
- "É."

estamos na Era da Informação e temos condenado o livre-arbítrio que exercemos com os nossos próprios corpos...

p.s.: não recomendo esse tipo de experiência para quem não é muito informado a respeito de DSTs...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Noite do Sexo Liberal 1/6

Já avisei aqui antes que fiz uma matéria para a faculdade sobre como era a noite dos casais praticantes de swing. Acho que ficou uma matéria bem legal e chegou o momento de compartilhar com vocês. Dividi em 6 partes pra não ficar um texto longo. Publicarei um capítulo por semana, sempre nas quartas-feiras. Espero que gostem.

Introdução (Ui!)
No palco, uma mulher faz um show de strip-tease interagindo com o público que a observa (muito) atentamente; nos sofás, alguns casais (e trios) fazem sexo sob o olhar atento de alguns solteiros; e, no meio da pista, algumas mulheres simplesmente dançam como se nada daquilo estivesse acontecendo a poucos metros delas. É com este tipo de cena que se depara quem vai ao Club Mix, casa de swing localizada na Praça XV (Rua do Mercado, nº 25). A casa tem festas regulares de terça a sábado e eventos especiais, que podem ocorrer nas noites de segunda-feira e domingo ou tardes de quarta (e de domingo este mês).

A linha de todas as festas é relativamente parecida: músicas e apresentações nas pistas de dança, e sexo rolando onde, quando e como os freqüentadores quiserem. Cada uma, porém, é pensada para um público específico, seja para interessados em sexo a três, na troca de casais ou até mesmo em transexuais. As apresentações vão de strip-teases a shows de bandas ao vivo, passando por massagens, tequileiras e brincadeiras. No campo musical, a ênfase é no hip-hop e no funk, ritmos populares e bem ligados à sexualidade, o que não impede que outros estilos possam ser tocados dependendo do público e do tema da festa. A 18A, por exemplo, faz um especial dedicado ao rock’n roll uma vez por mês.


Willa BDSM e seu show xou com as velas

São cinco andares que oferecem as mais variadas opções de entretenimento. Duas pistas de dança que não devem nada para outras casas de festa, um terraço que funciona como um bar onde as pessoas podem relaxar e dois andares dedicados exclusivamente ao prazer adulto.

Esse primeiro texto foi só pra aquecer. Semana que vem vocês conferem o que rola na pista do primeiro andar. Será um texto para ser lido com camisinha. Até lá.

Evoé!

domingo, 24 de janeiro de 2010

O voyeur e o exibicionista

ardendo na chama da vaidade
gozando o calor da contemplação
a ânsia de ser apreciado
satisfeita pelo prazer da invasão

ardor na sensação do patente
combustão oxidada pelo proibido
a coexistência dos adversos
é a labareda humana da libido

em todas esferas da existência
há fogo em relações homônimas
seja entre homem e mulher
ou leitor e blogueiro, sinônimas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Fazenda

Voltei ontem de minha alegre viagem de fim de semana. Foram 3 agradáveis dias em uma fazenda longínqua na companhia de quatro garrafas de vodka, uma de rum, uma de vinho e meia de aguardente, além dos complementos para fazermos drinks, é claro. Ah é... Tinha umas nove outras pessoas por lá. E como não é só de vinho que vivem os seguidores de Dionísio, essas pessoas foram muito importantes. Quase todas.

Na primeira noite, bebemos pouco. Bem... A maioria bebeu pouco. Dois dos meninos beberam bastante. Um deles proporcionou o que eu considerei o primeiro momento dionisíaco da viagem. Ainda estávamos  conversando à mesa, quando ele soltou "deu vontade de ficar nú, alguém se importa?". Ninguém se manifestou e ele e suas roupas logo se separaram. Só isso. Teve vontade e ficou desnudo como se nada tivesse mudado. Como sou um bom amigo, fiz o mesmo um tempo depois. Um terceiro amigo se juntou a nós mais tarde.

Quatro falas de um outro colega merecem ser citadas aqui. Só pra constar, nenhuma delas foi dita em contexto sexual (nem a última).
- Seu pau é mais escuro que o resto do seu corpo?
- Você é circuncidado?
- Cara, como eu queria ser negão...
- Sua bunda tá geladinha. Tá gostoso.

No segundo dia, fomos nadar no rio antes do almoço. Em dado momento, o grupo se separou em duas patotas: a de maioria careta e a que podemos chamar de maioria bacante. Não é difícil imaginar em qual grupo eu estava.

Entrar num rio, numa cachoeira, numa lagoa ou no mar a noite e permanecer vestido há muito tornou-se um desafio hercúleo para mim. Tirei então minha sunga, pendurei num galho e alertei o pioneiro nudista da noite anterior, que logo fez o mesmo. As duas meninas que estavam conosco também tiraram seus biquinis e o menino que chegou depois também se desnudou. Ficamos nadando e conversando, com nossas partes pudendas cobertas pela água turva (e fria pra cacete) do rio.

Na hora de voltar para a casa, levamos nossas roupas de banho na mão e tivemos que passar por uma parte do rio que era beeeeeeem mais rasa. Pouca coisa mudou para nós (uma das meninas ficou d topless e a outra escondia-se com as mãos), já para os caretas que estavam por perto... Soube que um casal ficou chocado com o que viu. Não ligamos. Ainda ficamos um bom tempo sentados em umas pedras conversando e desfrutando daquela liberdade. Em dado momento, uma das meninas até trepou subiu em uma árvore para mergulhar como se fosse uma macaquinha sem pêlos.

Em casa, comemos churrasco e bebemos. Um de nós bebeu quase uma garrafa de vodka sozinho aquele dia. À noite, aquanudismo na piscina acompanhado de pizza pitsa e "eu nunca". Saímos. Conversamos e bebemos mais. Eu e mais um peladinhos. (As únicas fotos são desse momento, mas acho que vocês não querem ver...) "Você é circuncidado?" (Não tô com alzheimer, a pergunta é que foi repetida.) Mais tarde, voltamos a cair pelados na piscina: eu, dois meninos e uma menina. Novamente, conversamos, bebemos e brincamos. Uma dessas brincadeiras sem dúvida traumatizou os dois garotos, mas isso não vem ao caso... Aprendi uma importante lição: nunca passe o dia E a noite nadando pelado à base de vodka e faça sexo com sua namorada antes de dormir se você está há alguns dias com sintomas de resfriado.

Deixando a nudez de lado, fiquei meio preocupado que eu não pudesse trazer nada dessa viagem. Não falo de lembrancinhas ou coisas do tipo. Eu sou contra viajar por viajar e, já que fui, queria sentir que aprendi algo com ela. Talvez pareçam coisas bobas, mas sei que aprendi e que ensinei também.

Na primeira noite, movido pelo tédio, resolvi puxar um assunto polêmico: religião. Nenhuma costuma ser mais polêmica que a minha, então me encheram de perguntas sobre o que é ser um seguidor de Dionísio e creio que consegui tocá-los de alguma forma (não-sexual). Tanto foi assim que, no segundo dia, voltando do rio, tivemos que nos dividir em duplas para voltarmos a cavalo (outra coisa que aprendi é que eles não são tão odiosos quanto eu pensava, são um pouco menos) e passei cerca de 30min explicando para meu companheiro de montaria nossa filosofia de vida e meus projetos de evangelização dionização do mundo. Ao fim do passeio, a Sociedade Dionisíaca ganhou um novo profeta.

Também li um artigo de Cristiane A. de Azevedo entitulado A atmosfera religiosa no cotidiano da Grécia Antiga. Fala basicamente sobre festas, sacrifícios e jogos no lidar com os deuses. Suas idéias aparecerão aqui em algum momento.

E eu que achava que ia só me encher de comida boa e dormir na rede o fim de semana todo... Se o reality show A Fazenda fosse conosco, seria muito mais divertido...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Parábola da Sereia

TORMENTO

Não percebe quando começa
Ao notar, já acostumou
Cada nota suave atrai
A voz não soa como as demais

O mar é calmo, aproxima
Ele quer vê-la, se anima
Alegria pura de menino
Talvez obra do destino

Cabelos longos, cacheados
Seios perfeitamente arredondados
Cintura fina, convida ao abraço
O barco segue alheio ao espaço

A voz aumenta
Surge a tormenta
Marinheiro cego pelo canto sedutor
Tolo jovem, crê que é amor

Ela sorri e ele se aproxima
Encontra as rochas de ponta fina
A nau afunda e ali termina
A aventura se torna ruina

Agarrado ao coral, passa a noite
Das ondas sofre o açoite
Amanhece e o sol se vai
Outra lua e mais outra

Chuva e frio
Vento e mar bravio
Sono e calor
Fome e dor

A ela não nada
Nem consegue soltar,
Fugir para o mar.
Tem medo de se afogar.

Ela já não canta
Mas a melodia ecoa
Não sabe se ainda sorri
Sequer se está ali.

Agarrado às pedras,
Sua maldição é olhar
Sem nunca enxergar
Através das próprias lágrimas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Brainstorm


Oi pessoas, estou me sentido como uma guria de 5ª série se apresentando quando o purgante da professora aponta safadamente para o meu rosto branquelo e faz o questionamento sacana de quem eu sou ou qualquer outra coisa que se encaixe no quadro. Bom, podem me chamar de Sapa [não significa SAPATONA ou algo do estilo]. Nada contra, adoro lésbicas. Não sei porque estou aqui, a realidade é que fui convocada com o objetivo de apimentar ou sacanear a mente de vocês.



Na real, sou a favor de todos os estilos modernos de prazer. Sou contra o aborto [quem quer matar vá para a puta que pariu], mas defendo a prostituição. A obrigatoriedade do voto é uma absurdo, sempre seremos roubados mesmo escolhendo os candidatos a dedo. Se eu fosse prefeita, roubaria muito. E as cotas para negros e índios sou contra também, qualificação de educação por cor é uma merda. Mas sou "a favor”, de um sistema em que ensino seja dotado de sabedoria, que não beneficia acesso a educação pela cor, e tão pouco tenta saldar uma divida passada privilegiando os seres deste presente. A pena de morte deveria existir no Brasil [estou cansada de perder amigos e familiares, e a justiça continuar no estado petrificado de cega]. A legalização da maconha também sou a favor. Policiais deveriam ser melhor remunerados, assim paramos de pagar suborno. Eu acho que Capitu colocou chifre em Bentinho. Estou de saco cheio de 35% dos blogs que eu visito. Pessoas que em pleno ano 2010 não aceitam homossexuais são uma verdadeira treva. Eu cago pra modelos novos de celular e iPod. Eu adoro pornografia e tenho fixação em rituais de sadomazoquismo.

Não entendo como a maioria das pessoas não tem nojo de comer algo que um dia teve olhos, mesmo assim não consigo ser vegetariana totalmente. Também não entendo como existe tanta mulher sem noção com biquíni fio dental na praia [não estou falando isso porque sou fofinfa], mas penso em me tornar sufragista. Acho total apelação mostrar ursinhos polares pra falar sobre aquecimento global, a tim não removeu as minhas fronteiras, tomei raiva dessas empresas e bancos que se colocam hoje em dia como defensores da natureza. É uma grande mentira. Estou falando daquele banquinho safado que é completo e fode com o nosso bolso. Não, eu não quero mais macarronada no almoço. Amiga seu namorado(a) já me beijou. Acredito em teorias malucas de dinossauros, sou fã do Diogo Maynard, detesto Paulo Coelho e mato quem falar mal do Legião Urbana.

Perceberam a confusão da minha mente? O gostoso é que vamos falar de sexo, homens, mulheres e o mundo de pecados. Entre boquetes no viaduto, encoxadas no ônibus, poesias e ondas de um puro nirvana, estarei aqui...

Opa! Acharam que eu ja estava me despedindo? Não, não, não. Deveria relatar como cheguei a esse Blog? Não estou lembrando direito, a grande questão é explicar porque sou uma seguidora de Dionísio. Adoro os vinhos mais venenosos, as festas com cheiro de luxúria penetram o meu ser como uma verdadeira bacante, o teatro me fascina e as uvas são doces frutas do meu paladar. Queria carregar o poder de sua fertilidade em meus lábios, mas sou só uma humana mulher que adora sentir o sabor da bebida e da alegria correndo em minha circulação febril.

Beijos.

Bye.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Comédia no Aquário

Fui esta quinta pela terceira vez à Festa 18A, uma festa que rola no Club Mix, casa de swing bem simpática do centro da cidade. O lugar é ótimo, a festa é foda (literalmente) e as pessoas são bem simpáticas. Conheço a casa desde janeiro do ano passado, mas à 18A só fui 3 vezes. Duas para fazer uma matéria para a faculdade e uma esta semana depois de ter sido conquistado pelo evento.

Sim, todas as putarias que vocês devem estar imaginando acontecem lá. Basicamente as mesmas que acontecem em qualquer boate normal, só que sem medo de ser pego pelo segurança e com camas para maior conforto dos clientes. Mas não é sobre isso que vim lhes falar...

Todo o lugar é planejado para atender às mais diversas fantasias de quem freqüenta e uma das suítes mais divertidas é sem dúvida a Suíte Aquário. Tanto para quem está lá dentro quanto para quem está do lado de fora. Uma parede de vidro que para uma espécie de sala permite que qualquer um possa ver quem lá dentro. Ideal para exibicionistas e voyeurs.




O problema é que as pessoas se acumulam em frente ao vidro e fica cada vez mais difícil prestar atenção ao que se passa ali dentro. O jeito então é narrar, dublar ou simplesmente comentar o que se consegue ver. É claro que isso acaba com o clima de erotismo, mas nem tudo na vida é sexo, gente!

Já brinquei de dublador com uma amiga que foi comigo na vez anterior. Foi divertido atribuir falas estereotipadas de filmes pornôs aos personagens e descobri anteontem em um dos quartos que tem gente que realmente fala assim quando transa. Não sei se foi só pra fazer bonito na frente dos coleguinhas, mas coisas como "mete fundo esse caralho em mim" não são tão irreais quanto eu pensava.

Esta semana a diversão ficou por conta de quem estava dentro do aquário mesmo. Um homem muito, mas MUITO bombado entrou com três garotas com aura de piriguetes. Eles colocaram o celular para tocar o que eu suspeito que era um funk boladão e se puseram a dançar em cima da cama. O problema é que o som não vaza para o lado de fora, então era bem esquisito ver as pessoas rebolando ao som de absolutamente nada e em trajes cada vez menos presentes. A loura fez doce até não poder mais. Até sair do quarto ela saiu, mas depois voltou. As irmãs de cor pareciam mais animadas.

Ao grupo original, somaram-se um homem barrigudo e uma baixinha rechonchuda, que eu acho que eram casados. O Seu Boneco tentava insistentemente algo com as garotas, mas elas só estavam interessadas no Mr. Músculos, que não era alguém que dominava a arte de finalizar. A baixinha foi convocada para a brincadeira um pouco tarde (seu marido já estava no meio das garotas há um bom tempo), mas não se fez de rogada e ficou logo só de calcinha. Em certo momento, o bombadão tentou beijá-la, mas o outro cara não deixou. Foi estranho ver o casal tentando pegar todas as mulheres, mas sem deixar a esposa fazer nada com o outro homem do grupo. Cada casal lá tem suas próprias regras.

Nada disso, no entanto, foi mais engraçado do que o pequeno trecho que ouvi da conversa ao telefone de um rapaz atrás de mim... "É, tô aqui sim. Tô vendo umas mulheres dançando e se beijando e um cara fazendo papel de bobo... Ah! Enche ele de morfina. Amanhã a gente opera."
COMO ASSIM?!

Depois, uma funcionária bateu no vidro e os mandou descer da cama, pois ela poderia quebrar. Eles tiveram que deitar, mas continuaram enrolando pra chegar aos finalmentes. Enrolaram tanto que desisti e voltei pra pista de dança. Estava engraçado, mas não é pra isso que se vai a uma festa liberal.

Obs.: Quer assistir a uma incrível cena de sexo oral dentro de um aquário? Clique aqui.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ano da Astronomia

O ano está acabando, então não posso mais adiar este assunto. 2009 foi é o ano internacional da Astronomia, em comemoração aos 400 anos das primeiras observações astronômicas feitas com um telescópio por ninguém mais ninguém menos que Galileu Galilei [*APLAUSOS*]. E daí? Cadê Dionísio nessa história?

Alguém lembra da história de Teseu e o Minotauro? A cidade de Atenas perdeu uma guerra contra Creta e foi condenada a mandar sete rapazes e sete moças a cada nove anos para a morte certa. As vítimas entravam no labirinto do Minotauro e nunca mais voltavam. Na terceira leva, Teseu derrotou a criatura e saiu do labirinto com a ajuda de Ariadne, filha do rei de Creta. A princesa zarpou com o herói, mas ele comeu e a descartou na primeira ilha que pôde. Afrodite ficou com pena e prometeu à jovem um amante imortal como indenização. Coincidência ou não, a ilha em questão era Naxos, a preferida de Dionísio. Como presente de núpcias, o deus deu um diadema de ouro cravejado com pedras preciosas. Quando Ariadne morreu, Baco atirou a coroa aos céus. A forma foi conservada e as pedras viraram estrelas à medida que ela subia. Assim surgiu a constelação de Corona Borealis, localizada entre Hercules e Serpens Caput.


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Parábola das Duas Margens do Rio

Uma jovem morava em uma pequenina ilha bem no meio de um rio. De sua casa, ela observava as pessoas que moravam em cada uma das margens. Em um lado, pessoas que viviam na mais perfeita harmonia. Tudo ali corria sempre bem e eles pareciam o modelo de tranqüilidade. Ela dizia que eles eram os Certos. Na margem oposta, viviam aqueles que ela chamava de Entusiasmados. Faziam barulho e festejavam o tempo todo, com grandes sorrisos estampados em suas faces. Vez ou outra brigavam, mas sempre pareciam estar bem de novo na manhã seguinte.

A correnteza fluía do lado entusiasmado para o lado certo. Se algum Entusiasmado resolvia ir para o lado certo, a passagem era muito fácil. Se um Certo tentava ir para a margem oposta, o processo era muito difícil e poucos realmente conseguiam. Os do lado entusiasmado, no auge de sua euforia sempre gritavam tentando convencê-la a nadar até eles. Até presentes eles enviavam, mas ela tinha muito medo. Os que viviam na margem certa nunca tentavam nada.

Um dia ela gritou para os Certos:

— Aqueles que vivem do outro lado sempre tentam me convencer a ir para lá. Por que vocês nunca me convidam para ficar com vocês?

Alguém lhe respondeu:

— O rio também é nosso. Quanto mais tempo você ficar aí, mais se tornará uma de nós.





Este texto foi inspirado em um do Reverendo Azaziel.