quarta-feira, 21 de julho de 2010

True Blood

Comecei a baixar essa série e terminei a primeira temporada em 3 dias. Como sempre que eu recomendo alguma coisa aqui, começarei falando mal. As interpretações são caídas e alguns personagens são muito, mas MUITO estereotipados, principalmente no começo da série. Felizmente, com o tempo, a série vai melhorando. Agora vamos à parte boa.

Sabor B-negativo

Cientistas japoneses desenvolveram um sangue sintético, o true blood que dá nome à série, e agora os vampiros não precisam mais caçar humanos para sobreviverem. Não sendo mais predadores, os dentuços podem viver entre nós e passam a exigir direitos civis. A série começa dois anos depois deles terem se revelado ao mundo, numa cidadezinha do interior onde uma garçonete (a mesma atriz que faz a Vampira no filme dos X-Men - o que pra mim soa como uma grande piada) com a habilidade de ouvir e ver os pensamentos das pessoas (sério que até aqui ela é uma mutante? talvez devessem ter contratado a Jean...) vê um vampiro chegar ao bar onde ela trabalha. Começam a acontecer assassinatos e o namoradinho da principal vira o suspeito favorito dos caipiras.

Ignorando a influência das novelas mexicanas (ou seriam brasileiras?) na série, podemos ver coisas bem interessantes e atuais sendo discutidas. É uma cidade do interior bem moderninha e atrasada ao mesmo tempo. Uma amostra que reflete bem nossa sociedade atual. Eis um pouco do que a primeira temporada oferece.

- Preconceito contra os vampiros
Lafayette, o gay mais macho que já vi
- Preconceito contra os humanos
- Viciados no sangue dos vampiros (o tal do v-blood é uma droga poderosa para os humanos)
- Humanos caçando vampiros pra traficar o sangue
- V-blood, ou seja, drogas proporcionando de fato uma viagem astral
- Hippies-veganos extremistas
- Prostituição
- Homossexualidade (Talvez o Lafayette seja o meu personagem favorito. É homossexual, mas não é uma bichinha-zorra-total. Tampouco é um cara que se finge de hetero. Ele fala como homem, mas usa maquiagem até no trabalho e não esconde de ninguém suas preferências sexuais. Mesmo assim, ou talvez justamente por isso, ele é muito respeitado pelos caipiras que convivem com ele. Pela maioria ao menos...)
- Sexo casual
- Alcoolismo
- Pessoas se aproveitando da fé alheia
- A fé realmente transformando a vida das pessoas para melhor

Outra coisa que eu achei interessante é como a história se desenvolve. Existe, é claro, a trama principal, em que eles tentam descobrir o assassino e encontrar o amor verdadeiro. Existem também as tramas paralelas. Até aí, já vi muita coisa parecida. O que eu acho novidade é a naturalidade com que as histórias correm, como na vida real. Não consigo identificar um clímax em cada episódio, como normalmente acontece. Cada episódio e cada cena não parecem fazer parte da temporada, mas da própria vida dos personagens. É como se não houvesse um roteiro. Ou foi muito bem escrito ou muito mal escrito, mas não consigo deixar de achar interessante.

União através do V-blood

E na segunda temporada tem fanáticos religiosos e bacantes! \o/

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