quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Noite do Sexo Liberal 2/6

Continuando a série iniciada semana passada em que contei a primeira parte de como é a noite no Club Mix, uma das casas de swing do Rio de Janeiro, deliciem-se com a segunda parte deste relato.

Primeiro piso: seja bem vindo
A animação começa do lado de fora. O Club Mix faz fronteira com dois bares, nos quais é possível botar o papo em dia e tomar algumas cervejas antes de penetrar na festa. Só não se pode tirar o olho do relógio e perder a hora de entrar, já que os diversos descontos duram só uma hora: da abertura da casa até às 21h.

Na entrada, os clientes pegam os cartões e as pulseiras. Os cartões ficam no nome do solteiro, solteira ou casal (obrigando ambos a saírem juntos e impedindo que casais falsos se formem para aproveitar os descontos). As pulseiras servem para sinalizar o posicionamento de cada um ali na festa, identificando os solteiros (pulseira azul) e as preferências de cada casal. Pulseira roxa é para os que não querem ser abordados, pulseira laranja é para os que querem apenas outros casais e a verde é para os que querem casais, solteiros e solteiras. É possível dispensar a pulseira caso os parceiros prefiram descobrir o que o destino lhes reserva, afinal ela é só uma “proteção” contra abordagens de pessoas indesejadas. A única exceção é para homens sozinhos, que são obrigados a usarem. Também é oferecida a chave de um armário para a pessoa guardar seus pertences e curtir a noite com mais liberdade.

As festas ficam vazias até umas 23h e poucos aproveitam os descontos de fato. Neste primeiro andar, nada de incomum: uma ampla pista de dança com um pequenino palco ao lado da cabine de DJ e um bar no extremo oposto. O mais excêntrico desta pista é um computador localizado logo abaixo do telão. Pessoas que acabaram de se conhecer podem usá-lo para se adicionar em sites de relacionamento como o Orkut ou, mais freqüentemente, em sites de swing como o Sexo com Café e o Sex Nation. Às quintas-feiras, um pequeno bufê de frios fica à disposição dos clientes ao lado da entrada e alguns garçons transitam pela pista de dança oferecendo insistentemente bebidas.

O erotismo aqui é pouco estimulado, ou é mais contido que nos três andares superiores ao menos. É verdade que tudo depende muito da festa em questão. Em uma Sorriso do Coringa, foram seis strip-teases completos de homens E mulheres, enquanto em uma 18A as atrações do primeiro andar se resumiram a uma cover da Lady Gaga, um xou com velas e uma banda ao vivo. O produtor, sócio da casa e DJ nas horas vagas Guilherme Gouveia toma o microfone e faz algumas brincadeiras com o povo da casa, que ele conhece pelo nome. Não é raro que Alice, sua esposa e promoter, e até o chefe da segurança, conhecido como Wolverine, subam ao palco para soltar o gogó. Tudo isso dá às festas um clima bem familiar. OK, a palavra "familiar" fica meio estranha no contexto, mas...

Willa BDSM no xou com as velas

Apesar da “inocência” que domina esta pista de dança, é possível deparar-se com pessoas que escolhem prestar menos atenção nas atrações e mais em quem está ao lado. Enquanto a banda do especial de rock’n roll tocava, um grupo de cinco pessoas se masturbava. Subiram para os quartos. Algum tempo depois, uma senhora (de uns 50 anos) que estava na turma da masturbação já podia ser vista chupando em um outro homem. Mais tarde ainda vi a "moça" cavalgando nele, ainda na pista de dança.

Quase esqueço da postagem de hoje. Passei alguns minutos da meia-noite. Publiquei com data e hora falsas pra enganar vocês, seus tolinhos. Espero que tenham sobrevivido até agora sem a leitura. Semana que vem conheceremos os diversos ambientes do segundo andar.

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