segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Parábola da Flor de Cinco Pontas

Havia um jovem que não tinha residência fixa. Acordava todos os dias e punha-se a caminhar até o anoitecer, quando dormia ao relento. Conseguia seu sustento como podia, fosse trabalhando ou mendigando. De constante na sua vida, apenas seu destino. Caminhava sempre na mesma direção.

O jovem seguia uma estrela. A mais brilhante e bonita de todo o céu. Se o tempo fechava, ele simplesmente aguardava que as nuvens se dispersassem para seguir viagem. Caminhava sempre olhando para o alto, sem tirar os olhos dela.

Certo dia, enquanto andava por uma estrada, o jovem tropeçou em uma pedra e rolou barranco abaixo, terminando por bater sua cabeça contra o chão. Ele permaneceu ali, deitado, sentindo muita dor. Quando abriu os olhos, o viajante viu bem diante de si uma flor com cinco pétalas de pontas finas. Ele colheu a flor com a terra na qual estava e seguiu viagem admirando-a. Mais adiante, plantou-a em um vaso e cuidou para que não morresse. Caminhava agora para onde seus pés o levavam.

Com o tempo, a flor foi envelhecendo. Sempre que notava isso, o jovem sorria. Isso fazia dela uma companhia real para sua viagem. Eventualmente a flor murchou, mas o jovem carregou o vaso até que não sobrasse mais nada dela. Nesse dia, percebeu que nunca mais olhou para o céu e nunca mais tropeçou.



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