terça-feira, 28 de julho de 2009

O tamanho da varinha

E não estou falando de Harry Potter. Recentemente achei no site da Revista ELEELA uma pequena listagem com a média peniana de diferentes países. Não achei a tal lista no site ao qual eles atribuem a pesquisa, então não posso garantir a veracidade dos números. Aliás, acho que nunca dá. Já vi listas dizendo que o pênis médio do brasileiro tem menos de 13 centímetros e listas dizendo que tem uns 17. De qualquer forma, vale como curiosidade. E, como eles bem observam, a lista pode servir tantro para o homem ver se está na média de seu país quanto para a mulher ver onde vai passar as próximas férias.

Coréia – 9,6 cm
Índia – 10,2 cm
Japão – 13 cm
África do Sul – 17,6 cm
Venezuela – 12,7 cm
Colômbia – 13,9 cm
Brasil – 14,5 cm
México – 14,9 cm
Arábia Saudita – 14 cm
Grécia – 13,9 cm
Espanha – 13,6 cm
Alemanha – 14,5 cm
França – 16 cm
Itália – 15 cm
Canadá – 12,7 cm
Estados Unidos – 12,9 cm

sábado, 25 de julho de 2009

Cidade do Pesadelo

O título é de filme de terror, mas trata-se de um filme de ficção científica muito do ruim. "Então porque raios você está dando o selo dionisíaco para este filme?" pergunta o amado leitor. A intenção do selo não é recomendar coisas boas, mas certificar empreendimentos de alguma forma inspirados pela filosofia dionisíaca. Ainda assim, parece estranho que um filme de ficção e ação possa ter algo a ver com o deus grego da liberdade, mas tentarei explicar.

A história se passa em 2035, em uma sociedade cheia de gente feliz. Todos usam um chip implantado no cérebro que amplia suas faculdades mentais entre outras coisas, que passou a ser usado após o colapso da internet. Há, porém, um grupo de rebeldes que pretende derrubar o governo e mudar o sistema. Mas o que os rebeldes têm a oferecer em um sistema tão simpático?

Acontece que os chips são um receptor que faz com que as pessoas vivam uma falsa realidade. A sociedade que enxergam é uma mera ilusão. Eu sei que tem um quê de matrix nisso tudo, mas não vamos nos prender a detalhes. Os poderosos recolhem os impostos da população e os usam o dinheiro inteiramente para si, e ninguém se dá conta disso nem faz nada para mudar a situação. Os rebeldes levantam a bandeira da liberdade contra uma situação que os transforma em escravos da ilusão.

O filme me parece interessante pela associação óbvia entre o que acontece no filme e no nosso sistema político, em que alguns políticos vivem em mansões construídas com nossos impostos equanto há uma população muitas vezes miserável. Poucos questionam o sistema, pois os poderosos possuem um aparato para iludir o povo, como obras chamativas, jogos panamericanos, grandes xous abertos e a própria TV. Não que essas coisas não sejam legais, mas acho que isso impede (ou pelo menos atrapalha) que a verdade seja vista, questionada e mudada.

Aliás, outro ponto é a liberdade pregada pelos rebeldes. Seríamos também escravos da ilusão? As pessoas do filme eram felizes sem saber da verdade. A ignorância é mesmo uma virtude? Fica a dica de debate. E providenciarei uma cópia desta obra prima pra quem quiser assistir. Recomendo que vejam bêbados e com vários amigos pra ficar menos entediante.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mostra Satyros no Rio

O grupo paulista que fez sucesso na Europa está no final de sua curta temporada aqui no Rio. Peço desculpas por só avisar agora, mas antes tarde do que mais tarde. A companhia está comemorando 20 anos e trouxeram para o Rio 5 montagens suas: Filosofia na Alcova, 120 dias de Sodoma, Justine (estas três compõem a trilogia da libertinagem, do Marquês de Sade), Liz e Monólogo da Velha Apresentadora.

Já tinha lido coisas boas sobre eles e sempre fui muito a fim de assistir alguma coisa. Quando um amigo me avisou que estavam no Rio, mal pude conter minha excitação. Assisti a 120 dias e Justine no mesmo dia, ambas muito boas na minha humilde opinião. Gente pelada no palco boa parte do tempo (principalmente em 120 dias), muita crítica ácida e apologia à libertinagem nas duas peças. Achei uma crítica que bate com minha opinião e com a de quem viu as 3 primeiras peças e conversou comigo, mas deixo aqiu uma breve descrição de todas as histórias pra quem quiser uma introdução.

  • Filosofia na Alcova: Uma jovem é ensinada por 2 libertinos sobre os prazeres do sexo. A mãe dela não aprova a idéia e entra numa discussão contra os libertinos e a própria filha, que criticam os falsos moralismos pregados pela senhora.
  • 120 Dias de Sodoma: 4 nobres (comparados a nossos políticos) seqüestram várias crianças e as levam para um castelo isolado, onde praticam inúmeras perversões durante 120 dias.
  • Justine: Duas irmãs ficam orfãs e, com o mesmo tanto de dinheiro, seguem caminhos opostos. Uma se prostitui, fica famosa e se torna muito rica ainda jovem. A outra, fiel à moral cristã, relata as desventuras por qual passou em sua vida infeliz.
  • Liz: Elizabeth I é informada sobre as ideias hereges debatidas na Escola da Noite, antro de perversão onde se questiona a anestesia de Deus e a soberania da rainha.
  • Monólogo da Velha Apresentadora: Febe Camacho está furiosa com o sequestro de sua empregada e a exigência de resgate pelos bandidos.

Pelo nome, pelas pessoas peladas, pelas cenas de "sexo", e pelos debates que sugerem quebra de valores, Os Satyros merecem o selo dionisíaco de qualidade.

As três primeiras já saíram de cartaz. Liz será apresentada de hoje (24) a domingo (26) às 21h. O monólogo é só neste fim de semana, às 18:30.

Serviço:
Mostra Os Satyros no Rio
Liz e Monólogo da Velha Apresentadora
Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto
24 a 26 de julho de 2009
R. Humaitá, 163 - Humaitá - Tel.: 21. 2266 0896
Lotação: 130 lugares
Ingressos: $30 (meia entrada para estudantes e maiores de 65 anos)
Bilheteria: de terça a domingo das 14 às 22h
Acesso para deficientes físicos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Medo de Sexo (ou sexo de medo)

Bom, eu tenho um apreço grande por filmes de terror. Sim, sim, filmes de terror... Apesar de não ter gostado da maioria que eu vi.. Parece um paradoxo? Talvez seja... Mas é por que gosto da categoria de filme, do que define um filme como sendo de terror, o que não quer dizer que eu tenha tido muito contato com filmes que explorem bem a idéia... Deu pra entender? Espero que sim.

Bom, mas o que isso tem a ver com Dionísio?
Bom, eu estava procurando imagens na internet que estivessem relacionadas com a temática (terror), para um projeto meu aí que não vem ao caso... o interessante é que nisso eu achei um site que trazia uma relação de filmes de terror pouco conhecidos... e eu fui observar os tais filmes...
Não é que eu reparei que eles têm muito a ver com sexo??


Por que é tão comum filmes de terror terem a ver com sexo?
Pq costumam ter mulheres lindas e semi-nuas com mto sangue e sujeira??
Por que esse tesão pelos monstros correndo atrás dessas mulheres?
Ou por que essa associação tão grande de mulheres com o terror?
Bom, acho q responder isso pode ser uma tese de mestrado de alguém que quiser, pq eu dispenso. Mas dá pra pensar alguma coisa aqui... vejamos...
Talvez, a relação entre terror e mulheres seja só uma combinação estranha de machismo social generalizado e a tentativa de atrair pessoas para o gênero... mas essa explicação pra mim parece pouco...
Por que as mulheres estariam associadas ao terror? pq o sexo também?


Bom, se formos olhar nossas tradições cristãs, sexo livre, ou de qualquer forma que não for entre cônjuges e para a reprodução, é pecado, segundo a norma do feudalismo... ou seja, o sexo como lidamos com ele hoje seria considerado promiscuidade, ou seja, pecado.

Pecado vem sempre associado de uma coisa simples... demônios. São eles que nos fazem pecar, em geral, ou, quando não é isso, eles sao a personificação do pecado, do mal, do ruim... Me parece que todos os tipos de monstros são, de certa forma, traduções da figura do demônio para várias formas. Sempre os monstros estão ligados ao mal, nem que seja sem querer (o monstro de Frankenstein, por exemplo), sempre são ligados a coisas que estão distantes do bem, da luz, da paz.. dos símbolos de Deus. Ou seja, o que é ligado ao demônio, à escuridão, à imoralidade, é o tema de filmes de monstros... talvez o sexo se inclua aí...

E por que as mulheres? esse é mais simples. Numa sociedade machista como a nossa, reduzir a mulher a uma fonte de tesão é básico para se impôr à mulher que o centro de sua vida é dar prum cara e arranjar um marido. É preciso que a mulher seja vista como aquela que é ligada ao sexo, ou seja, que ela seja símbolo de sexo, como de fato é na nossa sociedade, para que ela passe a ser jogada para a sua função de social de reprodutora como prioridade na sua vida; seja por que elas aceitam e reproduzem isso, seja por que são pressionadas pelos homens. Além disso, a monogamia, historicamente, só existe para mulheres e não pra homens. Se uma mulher for libertar-se da opres~sao machista, ela tem muita necessidade de lidar de maneira diferente com a sexualidade, e isso a põe no campo do pecado, da imoralidade, do mal, do demônio e dos monstros.. dos filmes de terror.
Simples? Óbvio? pra mim parece..!
Valeu, gente, até a próxima postagem!
Mta paz, sexo & rock n' roll a todos e todas!

domingo, 19 de julho de 2009

Cinecachaça 69

Há muito tempo não vou a este evento e fui convidado pra ir na próxima quarta. Por falta do que fazer, topei sem pensar muito. Já pensava em fazer propaganda aqui, afinal um evento que distribui cachaça de graça não pode estar livre da inspiração dionisíaca, mas tive uma feliz surpresa ao tentar descobrir o que seria exibido. Leiam o release deles e vejam vocês mesmos.


CACHAÇA CINEMA CLUBE
22 DE JULHO DE 2009
Sessão 69

O Cachaça Cinema Clube atinge a sua sexagésima nona edição e traz ao público mais uma sessão temática. A escolha do tema, apesar do apelo numerológico, surgiu naturalmente depois de uma bem-sucedida sessão dedicada às mulheres durante o Festival Femina. Uma vasculhada na memória e nos acervos indicou a possibilidade de apresentar em seqüência alguns filmes indispensáveis, ligados ao submundo sexual.

A única forma de tratar de assunto tão batido e atribulado é com uma abordagem sincera, sem espaço para preconceitos e aberta às mais diversas manifestações sexuais possíveis no cruel mundo dos homens. Por isso a sessão mostra curtas com visões díspares, pouco convencionais, originadas em locais e contextos históricos variados; filmes que tratam de mulheres da vida e de travestis, mas também de estilistas e de top models. Traça-se assim uma vertinosa linha na qual uma questão apenas mantém a trama: o sexo.

Para ajudar a enriquecer o tema e aquecer a noite o Cachaça deste mês conta ainda com a participação especial da Daspu (http://www.daspu.com.br), grife idealizada por prostitutas do Rio de Janeiro ligadas à ONG Davida. Com o lema: “Roupas criadas a partir do tesão, do orgulho e do conforto, misturadas à beleza e ao bom humor. Porque Daspu faz moda pra mudar”; a exposição de moda "putique" que será promovida na entrada do Odeon, que conta ainda com distribuição de camisinhas e aconselhamento sexual, promete dar um toque especial à noite e lançar ainda mais requinte aos já charmosos espaços do cinema.

Destaques

Os destaques da sessão vão para dois filmes que tratam de duas das zonas de prostituição mais famosas do país. Vila Mimosa, de Orsi Balogh e José Santos, chama a atenção por documentar a vida de uma conhecida zona de prostituição carioca através de um olhar estrangeiro. Interessante também é o contraponto paulista Mulheres da Boca, de Cida Aidar e Inês Castilho. Localizado em passado não muito distante e em diferente centro urbano, o curta mostra o cotidiano das prostitutas da Boca do Lixo, no centro de São Paulo, e retrata o ambiente de malandragem e corrupção por onde elas transitam de maneira lúdica e nada convencional.

Filmes

Vila Mimosa, de Orsi Balogh e José Santos, 2007, 15

Vila Mimosa, famosa zona de prostituição carioca, mostra seus segredos através dos depoimentos das mulheres que lá trabalham. Elas contam tudo, revelam detalhes, falam sobre suas vidas. O curta é uma visão estrangeira bem singular da diretora húngara Orsi Balogh a respeito da prostituição e sua relação com a cidade.

Homens, de Lúcia Caus e Bertrand Lira, 2008, 21'

Homossexualidade e travestismo ainda são temas tabu em vários espaços e contextos sociais. Mas há alguns onde ele é ainda mais rebatido e estas opções sexuais acabam sendo são mais discriminados devido a fortes características culturais. E são essas peculiaridades locais na forma de se relacionar esse curta debate, ao mostrar a vida de alguns gays e travestis assumidos em pequenas cidades do interior do Nordeste.

Mulheres da boca, de Cida Aidar e Inês Castilho, 1981, 22’

A Boca do Lixo é sinônimo não só de uma fase estética importante do Cinema Brasileiro, mas é também um submundo marginal cravado no centro de São Paulo. É lá que se encontram os malandros e cafetões, marginais e esquecidos, que moldaram seu ambiente de acordo com as suas leis de convivência. O curta de Cida Aidar e Inês Castilho documenta de maneira lúdica a vida das prostitutas que exercem seu trabalho no meio desse contexto onde a corrupção e a violência são às vezes uma constante.

+ Registro de Desfile da griffe Daspu







Após a sessão acontece a tradicional degustação de Aguardente Claudionor, cachaça mineira eleita a 5ª melhor do Brasil.


Na festa, DJ H promete uma noite de muito swing inspirada em Serge Gainsbourg autor de Soixante-neuf année érotique, Je t’aime, moi non plus e de tantos outros clássicos eróticos arrebatadores.


E o mês que vem, no dia 19 de agosto, preparem-se para a sessão comemorativa de 7 anos do Cachaça Cinema Clube!

Cachaça Cinema ClubeDia 22 de julho de 2009.
Cinema Odeon Petrobras, 21h.
Praça Floriano, nº 7. Cinelândia.
Preço: 10 Reais inteira, 5 Reais meia.
A bilheteria do cinema funciona somente para a sessão de filme.

Chegue cedo.

CONTATO:
contato@cachacacinemaclube
http://www.cachacacinemaclube.com.br/
http://cachacacinemaclube.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bordel Ecológico

Um bordel em Berlin está oferecendo desconto para os clientes que forem de bicicleta ao local. O Maison d'envie cobra 5 euros a menos (cerca de R$13,00) de quem for pedalando ou comprovar que utilizou o transporte público. A taxa habitual é de 70 euros para 45 minutos de diversão e o desconto nem parece tão significativo, mas o proprietário, Thomas Goetz, afirma que têm de três a cinco clientes novos por dia que vão lá aproveitar a promoção.


A medida surgiu como maneira de atrair mais clientes para o estabelecimento, que começou a sofrer com a crise financeira, mas também possui uma preocupação ambiental. Goetz diz que o trânsito na vizinhança melhorou e os estacionamentos não estão tão lotados. A saúde dos clientes também agradece.

Há um movimento em vários países que luta pelo uso de bicicletas contra a poluição. E o mais divertido é que eles fazem a campanhado jeito que vieram ao mundo. Segundo o site do World Naked Bike Ride, eles andam pelados pra demonstrar a vulnerabilidade dos ciclistas nas ruas e protestar contra a dependência do óleo. É também uma celebração do ciclismo e do corpo humano.


Não sei como andam as estatísticas mundiais, mas o Instituto Estadual do Ambiente informa que 77% dos poluentes emitidos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro são provenientes do tráfego veicular. Talvez fosse uma boa idéia começarem a criar promoções verdes por aqui também.

Em tempo. Paris desde 2007 oferece um serviço de bicicletas a seus cidadãos. Dá pra usar de graça por 30 minutos ou pagar um euro pra usar por 24 horas. A experiência já deu certo em outras cidades européias como Copenhague, Viena, Genebra, Barcelona e, na própria França, em Lyon. O nome do projeto é Velib: contração de "vélo" (bicicleta) e "liberté" (liberdade).

sábado, 4 de julho de 2009

Precisa-se de ajudante

Queria pedir desculpa pela minha ausência. Fim de período, sabem como é... Provas, trabalhos, fichamentos, deadline, correria, desespero, tentativas de suicídio... As aulas acabaram e entreguei quase todos os trabalhos, mas ainda não posso me dedicar ao blog como estava fazendo. Espero poder me entregar mais em breve.

Mas o período de caos serviu pra me fazer tomar uma medida interessante. Com o objetivo de contornar a impossibilidade do blog ser atualizado por mim, resolvi convocar algumas outras pessoas pra escreverem aqui. Eles já se manifestaram e este aviso já não faz tanto sentido a não ser pela justificativa da coisa e o que vem a seguir.



Como agora ninguém precisa mais ser jornalista pra ser jornalista (ter diploma de jornalista pra jornalizar), decisão feita evocando o direito à liberdade de expressão, resolvi aplicar isso ao blog da Sociedade Dionisíaca. Qualquer um pode escrever a partir de agora. Valendoooooooooo!

Pode ser como um dos "profetas" oficiais, como os 4 que estão ali na esquerda, ou pode ser com uma contribuição no varejo. Os interessados devem enviar e-mail para g.willvaz@gmail.com com o que você gostaria que fosse publicado ou pedindo pra fazer parte da equipe. Favor anexar currículo para que apliquemos o teste.

Vale escrever sobre qualquer coisa que se considere dionisíaca. Não há censura. Na pior das hipóteses, qualquer membro pode adicionar um comentário à postagem do coleguinha contribuindo, elogiando ou criticando.

Aguardo e-mails de vocês. E eu tava brincando sobre o currículo e sobre o teste (infelizmente).

Não esqueçam de adicionar o nosso chat (group109667@groupsim.com) e entrar para nossa comunidade no orkut.