segunda-feira, 28 de setembro de 2009

XVI Festival de Teatro do Rio

O Festival de Teatro do Rio, realização do Centro Cultural Veiga de Almeida, começa hoje e dura até dia 7 de outubro. Sete peças serão apresentadas Teatro Laura Alvim (Av. Vieira Souto, nº 176, Ipanema). O evento é uma mostra competitiva que premiará com R$2.000,00 o melhor espetáculo por voto popular e com R$2.000,00 o melhor espetáculo por voto do júri.

Em 1993, numa iniciativa de um pequeno grupo teatral na Uversidade Veiga de Almeida teve, origem o atual Festival. Por ser o único que acontece há 16 anos consecutivos na cidade do Rio de Janeiro, passou a se chamar Festival de Teatro do Rio.

Confiram a programação.

Dia 28/09 | 20h – Homenagem
Homenagem e Exposição para o grande ator Milton Gonçalves

A mostra retrata a vida do ator e diretor Milton Gonçalves nos palcos, na TV, no cinema e na luta pela cidadania plena do povo brasileiro, pela integração e pelos direitos da classe. Haverá ainda, projeção de trechos de filmes nos quais Milton atuou ao longo de sua carreira. Também fará parte da homenagem um vídeo com o depoimento da família e de amigos. Haverá ainda, um coquetel de confraternização.

29/09 (3ª feira) | 20h
Peça: Relações –Peça Quase Romântica

Sinopse: Dirigida por Leandro Muniz, o espetáculo é formado por pequenas cenas independentes entre si que falam sobre diferentes relacionamentos amorosos.
Rio de Janeiro/RJ
Diretor: Leandro Muniz
Debatedor: Jair Ribeiro

30/09 (4ª feira) | 20h
Peça: Viúva Porém Honesta

Sinopse: Escrita por Nelson Rodrigues, a montagem conta a história da filha do dono de um grande jornal que, viúva, decide não se sentar nunca mais. O dono do jornal mais importante do país solicita a ajuda de especialistas para a cura do mal que aflige sua filha e até o próprio diabo aparece pra ajudar.
Grupo Cia do Foco
Rio de Janeiro/RJ
Diretor: Dudu Gama
Debatedor: Guti Fraga

01/10 (5ª feira) | 20h
Peça: Filhos do Brasil
Sinopse: O musical, dirigido por Oswaldo Montenegro, é uma mescla de canções e cenas coreografadas inspiradas em textos populares de várias regiões do país. Encenado pela Cia Mulungo, formada por jovens cantores-bailarinos-atores, o espetáculo é uma verdadeira apologia à cultura brasileira.
Grupo Mulungo
Rio de Janeiro/RJ
Diretor Oswaldo Montenegro
Debatedor: Susanna Gruger

02/10 (6ª feira) | 20h
Peça: A Caixa Preta de Medéia

Sinopse: Com prólogo de Heiner Muller e adaptação do texto de Eurípedes, a montagem dirigida por Celina Sodré apresenta personagens fragmentadas em suas personalidades, cada um com sua bagagem de vida, idiossincrasias, vozes, cores e imagens.
Rio de Janeiro/RJ
Diretora Celina Sodré
Debatedor: Mauricio Gonçalves

03/10 (sábado) | 20h
Peça: Meu nome é M

Sinopse: A comédia é dirigida por Ribamar Ribeiro e encenada pelo grupo Os Cênicos Cia de Teatro. O monólogo é apresentado por M, que conta histórias inusitadas e compartilha sua própria vida com o público que, por sua vez, se transforma em cúmplice da personagem.
Grupo Os Cênicos Cia de Teatro
Rio de Janeiro/RJ
Diretor Ribamar Ribeiro
Debatedor: Jean Willys

04/10 (domingo) | 20h
Peça: A Filha da Chacrete

Sinopse: O espetáculo, dirigido por Fernando Maatz e encenado pelo grupo Roda e Avisa Produções, mostra as descobertas de uma criança e sua relação com o mundo. Baseado nas memórias da atriz Camila Rhodi, a peça propõe uma reflexão sobre as grandes tragédias e alegrias de cada um através de pontos comuns à sua vida e de cada espectador.
Grupo Roda e Avisa Produções
Rio de Janeiro/RJ
Diretor Fernando Maatz
Debatedor: Sergio Mota

05/10 (2ª feira) | 20h
Peça: Cantigas do Sol – Dom Quixote de Cordel

Sinopse: Único representante do Nordeste no festival, o musical é dirigido por Vital Santos e encenado pela Dramart Produções. É um espetáculo popular inspirado na poesia de Zé Dantas, Humberto Teixeira e outras de domínio público, que conta a história de um dos ícones da cena musical e cultural do país: Luiz Gonzaga.
Grupo: Dramart Produções
Recife/PE
Diretor Vital Santos
Debatedor: Cissa Guimarães

Dia 07/10 (4ª feira) | 20h
Cerimônia de encerramento e entrega dos prêmios

As peças exibidas concorrerão à premiação nas categorias de melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor direção, melhor figurino, melhor cenografia, melhor iluminação, melhor texto, melhor espetáculo, melhor espetáculo pelo voto popular e Prêmio Especial (que poderá premiar qualquer outra categoria). O festival dará prêmio em dinheiro ao melhor espetáculo eleito pelo júri oficial, formado por Nelson Xavier, Jaqueline Laurence e Cláudio Handrey, e pelo voto popular.

domingo, 27 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FEICA 1/3

Fui à feira da cachaça e preciso confessar que o evento foi bem melhor do que eu esperava.

Quase não fui. Tinha acabado de almoçar e bateu aquele sono... Mas venci a preguiça e fui pra lá. Acreditem vocês ou não, essa diligência foi quase toda pra poder postar aqui no blog depois.

Se não me engano, estava programado para começar às 14 horas, mas eu cheguei lá às 16:20. Paguei 15 dinheiros e ganhei um crachá de convidado, uma caneta, uma pasta, um bloco e uma cópia meio amassada com umas informações que não me interessaram muito. Ainda consegui pegar uma boa parte da primeira palestra, que durou até umas 17h. A representante do Ministério da Agricultura falou basicamente sobre a importância da atuação deles junto aos pequenos produtores no intuito de ajudá-los a sair da informalidade. A segunda palestra foi com um carinha do Inmetro falando sobre os critérios e a importância da aplicação do selo de qualidade para as cachaças em âmbito nacional e internacional. A terceira palestra eu perdi quase toda por causa de um infeliz que demorou a me trazer o caldinho de feijão.

No intervalo eu fui pro andar de cima e encontrei vários estandes. Não estava lotado, mas também não era um evento fantasma. Todos eles (ou quase todos) davam amostras grátis. Algumas muito boas. Depois eu tento citar algumas aqui. Algumas atendentes eram bem gostosinhas, e o mais divertido foi conhecer a confraria da cachaça: um grupo de amadores (no sentido daqueles que amam) que se reúne para degustar e debater cachaça de alambique. Divulgarei melhor no futuro.

Quase comprei uma camisa, mas o modelo que eu mais gostei só tinha restado na versão feminina, e eu não ia sair por aí com uma baby look escrito "sou brasileira / bebo cachaça". Se alguma fêmea quiser, manifeste-se agora. 20 pratas.

Achei muito triste que a maior parte dos consumidores dali estava satisfeita com essa condição. Poucos compareceram à palestra para aprender sobre outras coisas além do gosto das cachaças. Aliás, aposto que mesmo alguns dos que provaram todas estavam ali apenas para ter contato e não para ter intimidade. E tinha alguns curiosos lá que se revelaram verdadeiros pentelhos. Falavam na palestra como se estivessem em uma mesa com o melhor amigo ou faziam questão de exibir em voz bem alta seus parcos conhecimentos sobre assuntos que, às vezes, nada tinham a ver com a cachaça.

A divulgação ruim antes do evento, ela não melhorou durante o mesmo. Até agora, não sei a programação dos próximos dois dias.

O ponto positivo foi o seguinte... Cheguei lá achando que pagaria 10 reais por palestra, preço que vi no site da segunda edição do evento. Quando cheguei, me disseram que seria 15 reais. Fiquei triste, mas aceitei. Perguntei se tinha meia e me disseram que não. Durante a primeira palestra, comecei a pensar que talvez eu tivesse pago 15 reais por apenas uma da palestra. Já pensou? 45 reais por dia, 135 reais no total. Acabou a primeira palestra, vi os estandes e voltei pra segunda palestra. Beleza, não precisava pagar por cada palestra. Quando acabou o evento, fui entregar meu crachá e resolvi blefar coma recepcionista: posso guardar pra usar amanhã? Para minha surpresa, a simpática moçoila disse que sim! Que eu poderia usar nos dois outros dias ou dar para quem eu quisesse! Moral da história: 15 reais pelos três dias! Cinco reais por cada dia contendo três palestras e quantas doses de amostras grátis de cachaça meu fígado agüentar.

Saí sóbrio hoje. Veremos como será amanhã.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ou roça ou senta!

A frase do título foi dita por uma lésbica hoje no programa Casos de Família, do SBT. O tema era "eu jogo nos dois times" e era sobre bissexuais e suas dificuldades de aceitação. O primeiro caso era de um cara que dá toda pinta de gay, mas é bi. Ele levou um primo hetero-mongol e uma amiga maria-porpurina (segundo ela, mulher que curte ficar com gays). O segundo era de uma mulher que parece hetero e levou uma amiga lésbica que não a aceita e um amigo gay que aceita. O terceiro era um bissexual que levou um amigo homossexual que também não o aceita. O último foi um homossexual que se diz ex-bi e foi lá pra falar umas duas frases antes que o programa acabasse. Ô coisinha mal planejada...

Sei o que vocês estão pensando: "esses pograma de barraco são tudo armação". Provavelmente. Mas não é porque é uma obra de ficcção que não retrata uma faceta da realidade. Fui a uma festa dia desses e não consegui ficar com uma garota lá porque ela já estava ficando com uma garota lésbica. Tá certo que a terra pertence a quem primeiro a ocupa (uti possidetis), mas as coisas com certeza teriam sido diferentes se a lésbica que estava com o "meu alvo" não fosse falofóbica. O problema não seria ela ficar com outra pessoa, mas sua boca tocar a boca de um homem.

Segundo essa garota que eu tentei, toda lésbica que ela conhece tem essa aversão a pênises, homens e assuntos relacionados. As lésbicas (ao menos se diziam lésbicas e não vamos entrar na discussão do termo) com quem eu já fiquei não pareciam ter esse problema não. Mas o caso é que nem os homens, que são treinados pra ter esse tipo de aversão, costumam ser tão radicais quanto lésbicas quando descambam a ter nojo de homem. Acho que é pra compensar a falta de um pênis.

[Por outro lado, em algumas culturas da antigüidade, o falo era cultuado como símbolo de fertilidade e virilidade. Há quem diga que o tirso carregado pelas bacantes era um desses símbolos. Atualmente acontece no Japão um festival do pênis chamado Tagata Honen Matsuri, na cidade de Komaki, no meio do mês de março (coincidentemente ou não, acontecia uma festa dionisíaca na mesma época do ano na Grécia antiga).]


Me incomodam bastante alguns personagens que encontramos por aí. Gays que são mais afeminados que qualquer mulher da face da Terra. E lésbicas que possuem mais testosterona do que o Capitão Nascimento. Pessoas saídas direto de um quadro do Zorra Total. Só pode ser porque elas tentam compensar o excesso ou a falta de pênis extrapolando no estereótipo de comportamento do gênero almejado.

Ainda existem aquelas duplas de homossexuais que um dos 2 assume o papel de fêmea e o outro de macho da relação. Normal que reproduzam o modelo padrão da sociedade com o patriarca e a dona de casa (embora eu não apoie isso), mas às vezes isso toma proporções medievais, com a lésbica-macho sendo ultra machista e achando que a outra deve fazer tudo pra ela enquanto ela toma cerveja e vê futebol, ou com o gay-fêmea sendo submisso ao seu macho.

Mas voltemos ao assunto principal: preconceito dentro da classe GLS(BTXYZetc.)... Homossexuais deveriam ser capazes de compreender a orientação sexual alheia e não ficar julgando. Quem melhor do que eles pra saber como é ser visto como um doente, um louco, um pecador? Acho que aí acontece de novo o problema da reprodução do modelo da sociedade. As pessoas crescem ouvindo que homem tem que gostar de mulher e mulher de homem. Se viram homossexuais, precisam dar uma customizada nisso: a pessoa tem que gostar de mulher OU de homem. Gostar dos dois pra alguns homossexuais é tão errado quanto gostar do mesmo sexo é para alguns heterossexuais. "As pessoas precisam se decidir..."

O cientista italiano Umberto Veronesi tem a teoria de que o futuro da humanidade é bissexual. "O homem está perdendo suas características e tende a se transformar numa figura sexualmente ambígua, enquanto a mulher está se tornando mais masculina. Desta forma a sociedade evolui para um modelo único. Desde o pós-guerra a vitalidade dos espermatozóides diminuiu 50%..." Apoio completamente as palavras do Raguinm em um dos textos que ele escreveu aqui (não lembro qual): os bissexuais é que são malandros, têm o dobro das possibilidades de sentirem prazer.

Se Dionísio apoia a liberdade sexual, os bissexuais só tão perdendo pros pansexuais, mas isso é outra história...

- Mamãe! Mamãe! Já sei o que quero ser quando crescer!
- O que, meu filho?
- Bissexual! ^^

3ª Feira Internacional da Cachaça

Começa amanhã! O evento tá a maior confusão e tem sido muito mal divulgado, mas quero ir. O site deles parou na segunda edição. Alguns sites especializados dizem que já foi (de 13 a 16 de julho) e outros (o Guia Oficial do Rio inclusive) falam, assim como o banner de ônibus através do qual eu tomei conhecimento da feira, que será do dia 24 ao dia 26 de setembro. Torço pra que esta última seja a verdadeira versão. Tentarei aparecer no Monte Líbano (Av. Borges de Medeiros, 701 - Lagoa). Se não tiver nada, eu aviso aqui. As melhores informações eu achei no site da prefeitura de Quissamã...


Já estão confirmadas as presenças da Aprodecana (Associação dos Produtores de Cachaça do Rio Grande do Sul), que trará 12 marcas de cachaça do Estado; e Sebrae/RJ, trazendo 10 marcas de Paraty e Valença, ambas no sul fluminense. Além da Quissacana; Cachaça do Zeca e Tombos (todas de Quissamã), também estão incluídas Cachaça Essência de Minas; Magnífica; Passione; Folhas de Oliva; D. Beja; Organic; MC da Boa Vista; Milagre de Minas; Germana; Monte Alto; Salinas; entre outras.

A feira promove a integração de produtores, compradores, exportadores, profissionais e consumidores em um evento de cunho sinérgico na ação de consolidar a cachaça nacional como produto de excelência no mercado de destilados.

Organização: Free Solutions Consultoria e Eventos - Tel. & Fax. 2213-2851

hilda@feica.com.br

24 a 26 de setembro

Local: Clube Monte Líbano - Av. Borges de Medeiros, 701 - Lagoa

O custo das palestras ano passado foi de R$ 10,00. Estudante pagava meia entrada.