segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Macacos Bêbados

O Estadão divulgou que um estudo realizado no Instituto Nacional de Saúde americano em Bethesda, Estado de Maryland, mostrou que uma variante genética presente em alguns macacos faz com que eles consumam mais álcool durante experiências científicas. Os autores da pesquisa acreditam que a descoberta possa levar a novos tratamentos contra o alcoolismo em humanos.

O gene, conhecido como fator de liberação de corticotropina (CRF, na sigla em inglês), tem um papel fundamental no sistema que regula a maneira como o ser humano responde ao estresse diário. No estudo, publicado na revista especializada “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”, os cientistas descobriram que alguns macacos que apresentavam a variante genética bebiam mais, possivelmente para aliviar a ansiedade. [Sei bem como é...] Os cientistas acreditam que uma variante genética semelhante ao CRF exista nos seres humanos, mas ela pode ser rara.


Pesquisando sobre isso, encontrei uma matéria da Super Interessante que também falava sobre álcool, macacos e humanos. Uma teoria diz que a atração pelo álcool conferiu a nossos ancestrais, 40 milhões de anos atrás, uma vantagem na competição por frutas maduras, base da dieta dos primatas desde aquela época até hoje. O calor e a umidade dos trópicos, onde os humanos evoluíram, causam uma fermentação na casca e na polpa. Os açúcares são convertidos em várias formas de álcool, sendo que a mais comum é o etanol – presente em todas as bebidas alcoólicas. O vapor se dispersa no vento e é um ótimo sinal de que a fruta está madura. Para nossos ancestrais, seguir o cheiro de etanol ajudaria a encontrar frutos mais nutritivos. A seleção natural teria então favorecido os primatas com gosto pelo álcool – um traço que teria permanecido mesmo quando os humanos mudaram de dieta. [Logo, quem não bebe é menos evoluído.]

A teoria, no entanto, não está comprovada: a tendência ao alcoolismo pode ter evoluído por algum outro motivo ou até mesmo por acaso. Segundo cientistas, a prova estará nos nossos genes. Temos várias enzimas feitas só para digerir o etanol, que dificilmente existiriam caso não representassem uma vantagem evolutiva. [Macacos me mordam...]

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