domingo, 29 de março de 2009

Confessionário

Vou contar de onde veio a idéia de criar a Sociedade Dionisíaca. Não é sobre a idéia do blog ou do site (que algum dia será posto em prática) que vou falar. Quero falar sobre a sociedade mesmo. Uma família. Algo que vá muito além do meio virtual ou de reuniões regulares.

OK. Acho que todo mundo que chegou até aqui percebeu que eu sou um seguidor de Dionísio. Viver num país majoritariamente católico e seguir um deus que, pra eles, é uma das muitas faces do demônio não está entre as coisas mais fáceis do mundo. Ser cristão, por outro lado, é mole. A democracia está na moda e andar com a maioria não é apenas fácil, é conveniente. Ninguém olha torto pra você nem nada do tipo.

Seguir Dionísio, mesmo não sendo conveniente, é extremamente necessário, pois ele é uma força inerente à natureza humana. Meu ideal é transformar a sociedade atual em uma Sociedade Dionisíaca, mas muitos me chamariam de lunático se eu voltasse a falar isso, então sejamos um pouco menos ambiciosos... Conseguir o máximo de aceitação e fortalecer a nossa religião cada vez mais são os objetivos da Sociedade Dionisíaca e explico agora como ela se propõe a fazer isso.
  • Publicidade. Conheci várias pessoas que tinham tudo a ver com a nossa filosofia e que não tinham a menor idéia de quem era Dionísio. Fato que existem muitos outros na mesma situação, então é de grande importância encontrarmos formas de levar ao mundo a nossa existência. Pra isso a tentativa de site, o blog e outras mídias que ainda virão.
  • Conhecimento. Não vale seguir Dionísio apenas porque acha ele um deus simpático. Acho importante estar contextualizado tanto sobre as histórias a respeito dele quanto sobre os assuntos atuais que têm alguma relação. Isso também faz parte do nosso trabalho missionário. Ser capaz de chegar em uma mesa de bar e espalhar histórias sobre Dionísio, sua filosofia ou de comentar assuntos atuais que tenham relação com ele e que despertem o interesse dos menos íntimos. Pra isso as notícias e outros textos que pintarão por aqui.
  • Vivência. É importante conhecer, mas precisamos experimentar. E acho que é por isso que a maioria chega a Dionísio: o gosto por alguma das formas que ele tem de nos oferecer a liberdade. Meu trabalho aqui é oferecer a vocês dicas de formas de cultuar.
  • Transformação. Baco é um deus que questiona a ordem vigente e os costumes repressores e sem sentido. Um deus que rema contra a maré. Um deus que está intimamente ligado à morte e ao renascimento. Iremos então tratar de reclamar do senso comum, das tradições e das mentiras. Vamos protestar contra aquilo que mais ninguém tem a ousadia de protestar.
  • União. É aqui que a sociedade transpõe os limites do blog efetivamente. Todos os outros pontos têm um pezinho no mundo real, mas este é o que menos depende do blog. Para alguma das coisas que ele prega funcionar de verdade, é preciso que o número de bacantes seja o maior e mais unido possível. Sairmos sempre juntos, trocarmos idéias e privilegiarmos uns aos outros é o caminho para chegarmos a algum lugar.

Este último ponto é que me faz ousar pensar na idéia de família ao pensar na SD. Ou pensar nas sociedades secretas pelas quais os membros mantém vivo um ideal. A nossa só não é tão secreta. Espero que meus planos megalomaníacos funcionem.

Evoé!

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