sexta-feira, 9 de abril de 2010

3ª Reunião de Cópula

A idéia desta vez surgiu através do chat (se você ainda não adicionou, não perca mais tempo: group109667@groupsim.com). Paulinha Perigo sugeriu marcarmos um encontro num bar para nos conhecermos, já que sempre temos ótimas conversas por lá. Saber quem são as carinhas por trás dos apelidos bizarros e trocar uma idéia tendo o álcool como combustível pode ser bem interessante. Ficou combinado assim...

3ª Reunião de Cópula
Data: 10/04/2010 (sábado)
Local: Bar Xexéu (Rua Aires Saldanha, 21 - Copacabana)
Horário: Quando a carruagem de Apolo se esconder no horizonte, ou seja, ao pôr-do-sol (só conferir a hora no Climatempo)
Preço: Sei lá, depende do quanto você consumir.
O que vai rolar: gente, bebida, comida e conversa. Nunca foi a um bar não?

Quem for poderá concorrer a um par de ingressos pra Foxx Rock do dia 20 de abril!

É isso, galera. Quem vai aparecer?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

o Rock do Alienado

música ABSURDAMENTE FODA do Nostravamus, a ex-banda do meu amigo Eric.



"Eu sei o que me dizem e eu ouço você
Tudo que aprendi eu vi na TV
E se suas crenças não forem verdade
Você vive a fantasia e esquece a realidade

Eu não sei, eu não sei, eu não sei

E se fazer sexo não for um pecado
E se Jesus Cristo não foi crucificado
E se aquele em quem você vota rouba seu dinheiro
Isso é um sonho ou é um pesadelo

Eu não sei, eu não sei, eu não sei

E se Elvis Presley não tiver morrido
E se sua mãe não te tiver parido
E se quando você tá lá no trabalho
Sua mulher tá dando e te fazendo de otário

Eu não sei, eu não sei, eu não sei

Quando você era criança acreditava que
Papai Noel existia e no natal vinha te ver
E agora que você já está crescido
Continua acreditando no que é desconhecido

Eu não sei, eu não sei, eu não sei

E se aquele cara que se diz amigo
É na verdade seu maior inimigo
Isso pode até parecer estranho
Mas me diga com isso o que que eu ganho

Eu não sei, eu não sei, eu não sei

Esse é o rock do alienado
Levante da cadeira e não vá ficar parado
Oh yeah..."

Homer Contra a Lei Seca

Esta segunda, eu e uns amigos bebemos no bar lá da faculdade no maior clima de clandestinidade, já que proibiram a comercialização de álcool ano passado. Nada que seja um grande segredo, mas todo o ar mafioso que impera quando se bebe lá torna a atividade muito mais divertida. "Me vê o guaraná especial!" Me fez lembrar de um episódio dOs Simpsons em que proíbem a cerveja em Springfield.

Só tinha assistido uma vez há muito tempo e nunca havia reparado no quanto ele é dionisíaco. Ao menos pra mim. Eles evocam ideais de liberdade e defendem a bebida. Quer mais? Assista e tire suas próprias conclusões.


Este post é uma homenagem aos meus colegas de faculdade e aos funcionários do Bar do Manoel.

"Ao álcool! A causa e a solução para todos os problemas da vida!" (Homer Simpson)

Evoé!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Enchente

Não é à toa que chamaram de Rio de Janeiro...




Só erraram o mês.

Dionísio e a Mídia

Pesquisando não lembro o que, achei este texto. Como estudante de comunicação e entusiasta de Dionísio, quase fiquei de pau duro. Ainda não tive tempo de ler, mas resolvi compartilhar com vocês logo. A linguagem é acadêmica, então esteja preparado quando for ler.



Relembremos o mito de Dionísio: filho de Perséfone, a rainha do mundo subterrâneo, e Zeus, é dilacerado e devorado pelos titãs, só dando tempo a Atena de resgatar seu coração, que o pai come. Depois, Zeus fulmina os titãs. Das cinzas deles, nascem os homens, que contém em si uma parte divina, vinda de Dionísio, e uma parte oposta, vinda dos titãs. Dionísio renasce da conjunção de Zeus com Sêmele. Os rituais dionisíacos, como os das mênades, mostram Dionísio enlouquecendo as pessoas e também libertando-as da loucura. (LÓPEZPEDRAZA, 2002, p. 31). Nesse caso, a loucura é uma experiência a partir da qual é possível o renascimento.

Se Dionísio – “deus em oposição aos titãs; o deus das emoções; o deus mais reprimido da cultura ocidental; o deus das mulheres, do vinho, da tragédia e o deus que possui uma forte conexão com a morte” (LÓPEZPEDRAZA, 2002, p. 9)– estivesse presente nas comunicações com toda sua integridade, toda sua força criadora e contestatória, poderíamos caracterizar as comunicações como um fator de equilibração psicossocial, que permite ao homem individual a introspecção, entrando em contato com seu subsolo arquetípico, se autoexaminando e reelaborando sua existência. No entanto, um mito, ao chegar ao ponto de se institucionalizar, como ocorre com Dionísio na mídia, passou por um processo de enrijecimento, de absolutização de certos aspectos e de4dissolução de outros, de modo a perder seu equilíbrio e coesão internos.

Nesse ponto, como diz Durand (1996), o mito carrega um nome que não é seu. Podemos dizer que a mídia, talvez para domar as forças dionisíacas, reprime boa parte do mesmo mito. Tomemos o exemplo sempre disponível da imagem televisiva: A imagem, por sua sucessão rápida na superfície da tela, entranha, com efeito, excitações visuais e psíquicas, em altas frequências e densidade, que instalam o sujeito espectador em um estado quase cataléptico. O desfile das imagens aprisiona a atenção, atenua o umbral de vigilância do mundo e instala a consciência em uma espécie de fascinação exclusiva (WUNENBURGER, 2005, p. 29).

No seguimento da análise, Wunenburger apresenta o espectador como um possuído que renunciou a identificar, a julgar, a avaliar cada uma das solicitações propostas pela tevê. Se é possível identificar aqui uma importante ação de Dionísio, aquela que leva o sujeito a um estado de embriaguez, falta a respectiva viagem interior que promoveria a contraparte da loucura: a libertação e a recriação de si. Não será por acaso que justamente a conexão que Dionísio nos insta a fazer com nosso ser mais profundo é banida quando de seu comparecimento na mídia.

Durand nos dá pistas para entender a imperiosidade da repressão desse aspecto do mito de Dionísio nos nossos tempos ao opor duas visões do homem. Uma, a chamada tradicional, figurada por homens que, de acordo com a psicanálise, a etnologia psicológica e a psicologia das profundezas são providos dos mesmos desejos, das mesmas estruturas afetivas e para quem as mesmas imagens (simbólicas) “se propagam tanto no espaço como no tempo, de um extremo a outro da humanidade” (DURAND, 2008, p. 15). Outra, figurada pelo homem ocidental, o homem filosófico, que busca o progresso do saber e luta contra os obscurantismos, dissociando cultura e natureza. Para o homem da tradição, “a vida é um êxodo, um retorno. A razão de ser do homem, de seus atos assim como de seu pensamento, é a recondução para além da queda, para além da separação” enquanto “Deus, para o espírito filosófico, é uma ameaça externa à sabedoria totalmente humana que o homem, privado do intelecto divino, construiu” (DURAND, 2008, p. 53).

Se considerarmos, com Durand, a ontologia do imaginário, entenderemos por que, mesmo quando as sociedades enaltecem o pensamento racional, crendo-o purgado de todos os mitos, ainda assim são mitos que a vitalizam. É por isso que temos esse Dionísio produzindo imagens nos nossos dias. Para se adequar ao superego societal, sofreu um processo de alijamento de sua potência religiosa, de sua capacidade de recondução do ser à sua essência.

E assim retornamos ao ponto de partida, ou seja: num regime de visualidade, com um Dionísio enrijecido presidindo a mídia e, por consequência, tendo-se o princípio do prazer por norma, há que se minimizar qualquer esforço. Não sobra muito espaço para imagens que nos protejam, como no regime ídolo; não há tempo para imagens que devem ser contempladas, como no regime arte; é possível, somente, perceber a imagem. É por isso que ela tem de ser mais e mais icônica, reduzindo suas contradições, fazendo referência ao já-dito, ao já-visto, ao já-sabido porque não há tempo nem disposição para novas sinapses. Compreensão e percepção têm de ser simultâneas, mas isso só acontece quando não há nada de novo pela frente. Eis a perfeita adequação da imagem estereotipada à contemporaneidade veloz.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Foxx Rock 7 Pecados

A próxima edição de uma das minhas festas favoritas se aproxima! Dia 20 de abril, véspera de feriado, a 2A2 vai receber a Foxx Rock. Como fica óbvio pelo nome da festa, toca rock ( Com os DJs Schlaepfer, da 7day Weekend, Leticia V, da Candy Party, e Ramirez, da Fiend Club). Como fica óbvio pelo nome do lugar, é numa casa de swing. Se quiser saber um pouco do que rola lá, leiam meu relato sobre a primeira edição.


Para botar seu nome na lista amiga, clique aqui.

Agora, morram de inveja!

Quem for à nossa Reunião de Cópula poderá concorrer a um par de ingressos para a Foxx Rock!

Vai perder esta chance?

o sémen e a flor

à flor da pele, sem cor
brota a semente da presença
como que florida de nascença
de fotossíntese do semeador

a flor da pele, o candor
floresce pavidamente
da sensação impotente
de que semea dor o semeador

mas, à flor da pele, a flor da pele
sensibiliza-se, semeada cutaneamente
que, desflorada de seus entrementes
semea amor o semeador