terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ficcção?

Sabe aquelas lendas urbanas que surgem não se sabe de onde e de veracidade duvidosa? Vovó dizia que quem conta o conto aumenta o ponto e foi essa a sensação que tive quando soube desta história...

O Rio de Janeiro é um importante pólo cultural de nosso país, de noites borbulhantes, nasceram ritmos tipicamente brasileiros e sempre é possível ver seus simpáticos habitantes bebendo, conversando, jogando... Freqüentemente o horário pouco importa para essas pessoas, mas ultimamente uma onda de preocupação vem tomando conta do povo carioca. Muitos consideram as ruas já não tão seguras e preferem se expor o mínimo possível. Ficam em casa ou "ousam" ir a um shopping, pois é um lugar movimentado, fechado e cheio de seguranças prontos a garantir a segurança dos clientes. Boa parte da população da Barra aprendeu a amar os xópins e eles foram se espalhando pela cidade e crescendo. Até colégio eu já vi dentro deles.

Mas ainda não dá para morar no xópim e as pessoas precisam ir embora por volta das 22h, dirigindo seus carros a partir do estacionamento deste estabelecimento de lazer ou dirigindo-se a um transporte público, sem contar os que vão a pé. Todos esses, no momento que deixam o templo do consumismo, confiam sua segurança ao poder público, normalmente manifestado por agentes da polícia militar. Por isso, perto de um certo bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, há uma cabine de polícia perto do shopping com um policial lá de plantão.

Se algum bandido precisar de dinheiro e tentar levar o rolex de um pastor da universal, a polícia estará lá para impedí-lo. Se um meliante na seca resolver estuprar aquela gostosinha da sua vizinha quando ela estiver voltando do baile funk sem calcinha, um PM irá evitar que este meliante pegue uma DST. Se três criminosos resolvem que precisam de armas novas, dirigem um carro preto até a cabine, rendem o policial e tentam levar sua pistola, o agente da polícia está lá para não reagir e entregar sua arma ao outro lado da lei.

Quando ouvi isso no RJTV 1ª edição, não consegui evitar os risos. "A gente fala sobre um assalto que aconteceu ontem a noite na Praia de Botafogo. Foi na calçada dos prédios, num local que tem bastante movimento. E vejam só, a vítima foi um policial militar que estava de plantão dentro de uma cabine da PM." A cada nova oração, uma surpresa maior. E ainda foram lá só pra fazer pilhagem e levar a arma... Também é impagável a atuação do major Oderley Santos, relações públicas da PM. Respostas prontas direto do manual.

De forma alguma eu critico o policial que não reagiu. Quem tem cu tem medo. Mas a situação toda me pegou de surpresa e pareceu tão absurda que achei digna de uma comédia. Seria cômico se não fosse trágico. Pensando bem, daria uma boa tragicomédia...

Um comentário:

  1. Pior q eu ia ao cinema nesse dia, numa das últimas sessões. O filme ia acabar bem na hora do assalto. Sorte q ñ ando armado, ou a vítima poderia ter sido eu.

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