segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Como se fosse a primeira vez

Tem muito tempo que vi esse filme e já não posso falar tanto a respeito, mas lembro que achei bem fofo. Fui com a certeza de que seria mais um filme meloso pra ver abraçadinho no cinema e saí da sessão sem conseguir palavra melhor do que "oowwnnn" pra descrevê-lo. Só consegui o trailer sem legenda. Espero que entendam. É sobre um cara que se apaixona por uma mulher que tem um problema de memória e deleta tudo a cada 24h.


Quem já teve aminésia alcoólica provavelmente vai comrpeender. Sabe quando você bebe demais e acaba irritando as pessoas que estão perto, fala alto, passa mal (às vezes no meio do bar), tira a roupa (às vezes no meio do bar), derruba bebida, quebra uma cadeira, briga com alguém ou faz sexo com uma pessoa com quem acha que não deveria fazer? Às vezes quem fez isso lembra e se arrepende profundamente, às vezes não lembra e se sente mal só de saber das histórias. Mas não há dúvida de que a segunda situação é muito melhor. Sempre dá pra apelar pra premissa do "se eu não lembro, não aconteceu".

Sempre que alugém está mal por algum motivo, o conselho mais básico dos amigos é pra esquecer o que aconteceu, deixar pra lá, superar. Óbvio que não são palavras mágicas e isso dificilmente acontece, mas não seria ótimo poder ter um acesso de aminésia e esquecer o que fez ou o que fizeram a você? Talvez...

Conheço gente que esquece fácil demais. Isso é um problema quando a vítima não esquece e o criminoso sim. Por mais que a vítima tente superar a situação e voltar a uma vida normal e saudável, há sempre o (grande) risco de que tudo aconteça novamente. Feliz mesmo seria se o mundo esquecesse, a vítima superasse e o criminoso se sentisse para sempre culpado.

Li uma vez no site do Alex Castro do LLL, que o ressentimento é uma das prisões das quais temos que nos libertar. Como pessoa rancorosa que sou, não pude deixar de discordar disso, mas fez bastante sentido quando li. Só não dá pra querer ser uma Lucy e ignorar o passado. Tolo é aquele que não aprende com as dores sofridas no passado. E cruel é aquele que não se arrepende das dores causadas.

Foi mal pela postagem estilo "querido diário", mas precisava falar isso de alguma forma. E juro que tentei abordar de forma a interessar a mais alguém. Qualquer coisa, simplesmente esqueçam desta postagem.

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