quarta-feira, 27 de maio de 2009

Loucura, loucura, loucura!

Sexta passada, dia 22, aconteceu a nossa primeira Reunião de Cópula. A idéia era reunir a cópula (o trocadilho é besta, mas pertinente) da Sociedade Dionisíaca para discutirmos temas que achássemos interessantes, filosofar um pouco e depois partilhar aqui alguns de nossos delírios.

Fui munido de meu novíssimo gravador digital de voz para um bar cujo nome não vou citar. Chegamos ao estabelecimento de skina e vimos que quase todas as mesas estavam reservadas para aniversariantes, havia música e ainda nos foi cobrada a entrada. Tudo muito diferente da última vez que fui lá, quando o lugar estava silencioso, vazio e com entrada gratuita. Não era o ambiente ideal pra nos reunirmos.

Descobrimos que sempre era cobrada a entrada em dias de eventos (sexta e sábado normalmente), e isso explicava também a superlotação do local. Os jovens de hoje em dia só querem saber de dançar e desprezam uma boa conversa. Choramos pra sair sem pagar e fomos à procura de outra base de operações ali perto. Depois de algum tempo, chegamos ao serafim. Aos poucos os que faltavam foram chegando e éramos seis ao final. Um grupo pequeno, mas especial.

Conversamos muito, sobre diversos assuntos, mas o que me chamou a atenção foi um breve embate sobre liberdade da mente. Eu coloquei a loucura como uma forma de liberdade e o Hugo discordou enfaticamente. O bar não era silencioso como eu gostaria, então não consegui registrar toda a conversa (até porque a Pina falava sobre outro assunto com o Alessandro na mesma mesa).

Hugo: "Se você vê coisas que você não controla, você não é livre."

Will: "Liberdade é quando não existe controle, não quando eu controlo."

Não consegui identificar nenhuma frase completa além disso. Só coisas como "corpo", "mente", "alma", "bagaço do limão" e "você podia me avisar que eu tenho cabelo" (não me perguntem). Uma pena. Lembro que o Hugo me botou em sinuca uma hora e que eu fiz o mesmo com ele pouco depois. Não chegamos a uma conclusão (conversar bêbado tem dessas coisas), mas levantamos uns pontos bem interessantes.

A moral da história é que ele acredita que o louco está preso a uma realidade própria, sobre a qual ele não tem o menor controle. Já eu acredito que nós estamos presos em uma realidade coletiva sobre a qual não temos o menor controle. Nós vivemos a ditadura do real e da lógica, enquanto o louco olha pra gente e ri. Tentamos colocá-los em celas acolchoadas e atar seus braços com camisas de força, mas é possível que eles se sintam tão livres quanto em qualquer outro lugar. Quem é o louco afinal?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Amor Próprio

Maio é muito mais que o mês das noivas. O quinto mês do ano é também o mês da masturbação, pelo menos nos Estados Unidos. Acho que essa é uma parte da cultura americana que vale à pena importarmos.

Tudo começou com Minnie Joycelyn Elders, Surgeon General (uma espécie ministra para assuntos de saúde pública) dos EUA. Em 1994, ela falava às Nações Unidas em uma conferência sobre AIDS, quando perguntaram se não seria apropriado promover a masturbação como forma de prevenir o envolvimento de jovens em atividades sexuais de risco. Elders respondeu que a masturbação é parte da sexualidade humana e que talvez devesse ser ensinada. O resultado? O então presidente, Bill Clinton, deu uma de Roberto Justus e disse "você está demitida".

No ano seguinte, o sex shop Good Vibration instaurou o mês nacional da masturbação. O prazer solitário (ou não, para os que resolverem praticar masturbação mutua) ganha destaque na mídia em maio. A campanha visa que as pessoas conheçam melhor o próprio corpo, se satisfaçam de uma forma mais segura e, claro, aumentem as vendas de vibradores e outros acessórios que a loja coincidentemente possue em suas prateleiras.

Com interesse ou não, a campanha me parece algo muito digno, então manifesto aqui o meu apoio. Divulguem o mês da masturbação, troquem idéias com os coleguinhas sobre o assunto e pratiquem assim que chegarem em casa. Quem sabe um de nós não consegue derrotar o vencedor do Masturbate-A-Thon, Masanobu Sato, que ficou "soltando pipa" por incríveis 9 horas e 58 minutos? Boa sorte pra quem for tentar...

sábado, 2 de maio de 2009

Introdução à Xoxota

Pra quem não conhece, xoxota é um dos nomes da vagina, buceta, xana, xereca... Aí o leitor começa a me xingar achando que estou subestimando a inteligência dele. Mas o quanto da flor você realmente conhece?

O UOL está lançando, através de sua editoria de Ciência e Saúde, uma série chamada Mapa da Mina. São videos curtos em que o jornalista Marcelo Tas consulta especialistas e desvenda alguns mistérios sobre a vagina. Iniciativa bem válida em uma sociedade em que os mitos ainda norteiam algumas práticas sexuais. Conhecer é o primeiro passo pra dominar.

O primeiro video, chamado "Xoxota, essa desconhecida", ensina um pouco sobre a parte anatômica da amiga. O próximo, com os segredos do orgasmo feminino, está pra sair ainda. Vale uma conferida, mesmo pra quem já é fera no assunto. Vai que descobrem alguma coisa nova...

Recomendo principalmente pras fêmeas.